Em relação ao trimestre
anterior, foram cerca de 785 mil pessoas ocupadas a mais no mercado de
trabalho. No setor do Comércio, a ocupação cresceu 1,8%, o que corresponde a
338 mil postos de trabalho gerados. Em segundo lugar ficou o setor de
Alojamento e alimentação, com mais 204 mil ocupados, seguido por Construção,
com 180 mil vagas.
Segundo a analista da
pesquisa, Adriana Beringuy, o resultado confirma a sazonalidade esperada para
essa época do ano e que foi retomada desde 2017. “Ficamos dois anos, em 2015 e
2016, sem ter a sazonalidade já que não havia geração de postos suficiente para
atender à demanda por trabalho. Agora, o comércio mostra movimento positivo no
trimestre fechado em novembro, o que achamos que está relacionado às datas
comemorativas como Black Friday e a antecipação de compras de final de ano”,
explicou.
A queda na taxa de
desemprego foi acompanhada por aumento de 1,1% na geração de empregos com
carteira de trabalho, o maior crescimento desde o trimestre encerrado em maio
de 2014. Foram 378 mil pessoas a mais com carteira, totalizando 33,4 milhões de
trabalhadores nessa categoria. No confronto com o trimestre de setembro a
novembro de 2018, houve expansão de 1,6% (acréscimo de 516 mil pessoas).
A melhoria da carteira,
no entanto, tem sido acompanhada pelo crescimento nos indicadores de
informalidade. Por exemplo, foi registrado no trimestre crescimento de 1,2% dos
trabalhadores por conta própria, ou seja, mais 303 mil pessoas se juntando ao
contingente de 24,6 milhões de pessoas nessa posição. Com isso, a população
ocupada informal atingiu 38,8 milhões de pessoas.
“Esse movimento da
carteira é positivo, mas não é suficiente para uma mudança na estrutura do
mercado de trabalho. A despeito dessa reação, durante todo o ano houve
crescimento nas categorias relacionadas à informalidade, como conta própria e
empregado sem carteira”, concluiu Adriana Beringuy.
IBGE
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