À
exceção das atividades econômicas ligadas ao turismo, o comércio nacional deve
ter neste ano prejuízo de cerca de R$ 19,6 bilhões com os feriados que caem em
dias úteis, 12% a mais que as perdas registradas em 2019, que ficaram em torno
de R$ 17,4 bilhões. A estimativa foi feita divulgada nesta sexta-feira (17)
pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A
entidade diz que os feriados em dias úteis reduzem o nível de atividade do
comércio que, por outro lado, pode enfrentar aumento dos custos de operação.
De
acordo com o economista da CNC Fabio Bentes, por causa das horas extras que têm
de ser pagas aos empregados, a folha de pagamento é a principal fonte dos
prejuízos impostos ao comércio pelos feriados. "O peso relativamente
elevado da folha de pagamentos na atividade comercial acaba comprimindo as
margens de operação do setor” por causa do fechamento das lojas, ou da
diminuição do fluxo de consumidores, disse Bentes. Ele acrescentou que isso acaba
ocorrendo mesmo que as vendas sejam parcialmente compensadas nos dias
imediatamente anteriores ou posteriores aos feriados.
Bentes
destacou que o único feriado que não impactará o setor do comércio é o da
Proclamação da República, em 15 de novembro, que cairá em um domingo.
Segundo
a CNC, cada feriado diminui a rentabilidade média do setor do comércio,
incluindo varejo e atacado, em 8,4%. Para os segmentos de hiper e
supermercados, lojas de utilidades domésticas e de vestuário e calçados, que
respondem, juntos, por 56% do emprego no varejo nacional, as taxas de perdas
mensais atingem 11,5%, 11,6% e 16,7%, respectivamente.
Os
estados que tendem a concentrar 57% das perdas estimadas são São Paulo (menos
R$ 5,62 bilhões), Minas Gerais (-R$ 2,09 bilhões), Rio de Janeiro (-R$ 2,06
bilhões) e Paraná (-R$ 1,42 bilhão).
Fonte: Agência Brasil