A
situação é chata, mas recorrente: mergulhar e ficar com o ouvido cheio de água.
Nesta época do ano, com a combinação de sol e férias, se intensificam os casos
de otite de verão. A principal causa para esse tipo de infecção é a umidade que
fica no ouvido, o que o torna um ambiente propício a proliferação de fungos e
bactérias.
Segundo
a fonoaudióloga Érica Bacchetti, especialista em audiologia da clínica Para
Ouvir, o ideal é que se proteja o ouvido na hora de entrar no mar ou na piscina
com protetores auriculares, pois a água desses lugares tem muitos resíduos,
como areia e cloro.
Caso os
ouvidos estejam desprotegidos ao nada e acontecer de entrar na água, a
especialista sugere que o indivíduo coloque o dedo no conduto auditivo do lado
correspondente ao incômodo, sele bem e incline a cabeça para o lado, de modo a
se livrar do inconveniente. Segunda Érica, assim que soltar o dedo, a água
tende a sair, por isso, "deitar do lado equivalente a água também pode
ajudar", afirma.
Mas se
mesmo após essas dicas a pessoa perceber que a água não saiu ainda, o indicado
é procurar um médico otorrinolaringologista para fazer um diagnóstico do
problema. “Não indicamos colocar nada dentro do ouvido, como palitos ou hastes
flexíveis, que são adequadas apenas para limpeza externa do ouvido. O ideal é
procurar um médico mesmo, para que o ambiente não fique úmido e infeccione”
afirma Érica.
Érica
aponta que o protetor auricular não impede o sujeito de escutar ou se
comunicar, mas protege contra essa água que pode ser prejudicial. “Em casos
muito extremos, se o indivíduo fica tendo otite muitas vezes, pode haver uma
perda irreversível no ouvido, pois um quadro crônico dessa doença pode
prejudicar permanentemente as estruturas do ouvido”, destaca.
Cuidado com a criançada
Os
condutos auditivos das crianças são mais fáceis de entrar água por conta do
formato, uma vez que são mais horizontais, diferentemente dos adultos que têm o
conduto mais inclinado. “Por isso, quando os pequenos estão na piscina é muito
comum que entre água no ouvido deles. O pai ou responsável deve ficar atento
porque dor de ouvido é uma das mais doídas de ser sentida”.
Fonte: Folha Vitoria