O deputado estadual
Coronel Quintino (PSL) pode virar a qualquer momento o presidente estadual do
partido no Espírito Santo, e sua ascensão ao comando da sigla, que atualmente
abriga a maior parte dos bolsonaristas que almejam disputar as eleições
municipais, pode mudar o cenário que se desenhava até o momento, pois Quintino
tem ligações muito próximas com o Governador Renato Casagrande, e isso pode ser
fator decisivo para a mudança de alguns diretórios municipais do PSL,
principalmente em Vitória e em Cachoeiro de Itapemirim.
Quem comanda o
partido até o momento no Espírito Santo é Amarildo Lovato, que, recentemente,
esteve com Coronel Quintino em Brasília, numa visita à cúpula do PSL, com o
presidente nacional do partido, Luciano Bivar, que é rompido com o presidente
do país, Jair Bolsonaro.
Daí surgiu o convite
para Quintino assumir a presidência do partido no Espírito Santo, assim como
foi dada a ordem para que eles não deixem o PSL servir de trampolim para
aqueles que fazem parte do grupo bolsonarista assim como já atuam para a
fundação do partido Aliança pelo Brasil, que faz parte do projeto político de
Jair Bolsonaro.
E o que fica mais
evidente que a ordem será seguida à risca em terras capixabas é que Coronel
Quintino é próximo do governador Renato Casagrande, que tem interesse direto
nas eleições municipais e em Cachoeiro, onde tem o PSL como principal
adversário da possível reeleição do prefeito Victor Coelho (PSB).
E é essa proximidade
entre Quintino e Casagrande que assombra o PSL cachoeirense, pois uma
intervenção no partido em Cachoeiro de Itapemirim pode azedar as pretensões dos
bolsonaristas na terra de “Neném Doido”, e isso pode obrigar a migrar o projeto
para outra sigla, perdendo, assim, uma boa fatia do fundo partidário eleitoral,
uma vez que o PSL é um dos partidos no país que mais dispõe do financiamento
público de campanha para as eleições.
Tudo ainda é
bastidor, mas Quintino foi sim convidado por Bivar e deve aceitar assumir a
presidência do PSL Capixaba. E como ele já foi alvo de críticas públicas por
parte de alguns membros do diretório do partido em Cachoeiro, não será novidade
se a intervenção realmente ocorrer na Capital Secreta.
Mas a verdade é que,
com Coronel Quintino na presidência do PSL Estadual, o partido passa a fazer
parte do Governo Casagrande, mesmo que de forma velada, e como o diretório do
PSL cachoeirense faz parte do projeto de fundação do Aliança pelo Brasil e é
contrário à reeleição do prefeito Victor Coelho (PSB), a ascensão de Quintino e
a ordem de Luciano Bivar assombram os bolsonaristas em Cachoeiro de Itapemirim.
Fonte: Da Hora ES