Trabalho foi feito por pesquisadores do Imperial College,
de Londres
Os casos de diabetes
tipo 1 em crianças, vistos em um estudo pequeno do Reino Unido, quase dobraram
durante o pico da epidemia de covid-19 no país, o que sugere possível ligação
entre as duas doenças, o que precisa de mais investigação, disseram cientistas
nessa terça-feira (18).
Embora o estudo se
baseie somente em um pequeno número de casos, ele é o primeiro a relacionar a
covid-19 e a diabetes tipo 1 em crianças, e os médicos devem ficar atentos,
disseram pesquisadores do Imperial College de Londres.
"Nossa análise
mostra que, durante o pico da pandemia, o número de casos novos de diabetes
tipo 1 em crianças teve aumento anormal em dois dos hospitais que
estudamos, na comparação com anos anteriores", disse Karen Logan, coautora
do estudo.
"Quando
investigamos mais, algumas dessas crianças tinham o novo coronavírus ativo ou
já haviam sido expostas ao vírus."
Logan lembrou que
relatos anteriores da China e da Itália mostraram que crianças estavam sendo
diagnosticadas com diabetes tipo 1 em hospitais durante a pandemia.
O estudo, publicado
no periódico científico Diabetes Care, analisou dados de 30 crianças de
hospitais de Londres diagnosticadas com diabetes tipo 1 durante o primeiro pico
da pandemia - aproximadamente o dobro dos casos vistos no mesmo período em anos
anteriores.
Vinte e uma das
crianças tiveram resultados positivos de covid-19 ou passaram por exames de
anticorpos para determinar se haviam sido expostas ao vírus, e cinco foram
diagnosticadas com infecções do novo coronavírus.
A diabetes tipo 1
causa a destruição de células pancreáticas produtoras de insulina, o que impede
o corpo de produzir insulina suficiente para controlar os níveis de açúcar no
sangue. A equipe do Imperial College disse que uma explicação possível é que o
peplômero (proteínas que desempenham a função de mediar a interação
vírus-célula) do novo coronavírus pode atacar células do pâncreas que produzem
insulina.
"É preciso
pesquisar mais para determinar se existe um elo definitivo mas, enquanto
isso, esperamos que os clínicos o levem em conta", disse Logan.
Com Informações Agência Brasil
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