A informação foi divulgada hoje pelo Banco Central
A previsão do mercado
financeiro para a queda da economia brasileira este ano foi ajustada de 5,62%
para 5,52%. A estimativa de recuo do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de
todos os bens e serviços produzidos no país – está no boletim Focus, publicação
divulgada todas as semanas pelo Banco Central (BC), com a projeção para os
principais indicadores econômicos. O mercado financeiro tem reduzido a projeção
de queda há sete semanas consecutivas.
Para o próximo ano, a
expectativa é de crescimento de 3,50%, a mesma previsão há 12 semanas
consecutivas. Em 2022 e 2023, o mercado financeiro continua a projetar expansão
de 2,50% do PIB.
Inflação
As instituições
financeiras consultadas pelo BC ajustaram a projeção para o Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 1,63% para 1,67% neste ano.
Para 2021, a
estimativa de inflação permanece em 3%, há nove semanas consecutivas. A
previsão para 2022 e 2023 também não teve alteração: 3,50% e 3,25%,
respectivamente.
A projeção para 2020
está abaixo do piso da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A
meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 4% em 2020, com intervalo
de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o
limite inferior é 2,5% e o superior, 5,5%.
Para 2021, a meta é
3,75%, para 2022, 3,50%, e para 2023, 3,25%, com intervalo de 1,5 ponto
percentual para cima ou para baixo, em cada ano.
Selic
Para alcançar a meta
de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de
juros, a Selic, estabelecida atualmente em 2% ao ano pelo Comitê de Política
Monetária (Copom).
Para o mercado
financeiro, a expectativa é que a Selic encerre 2020 no atual patamar (2% ao
ano). Para o fim de 2021, a expectativa foi ajustada de 3% para 2,75% ao ano.
Para o fim de 2022, a previsão passou de 4,9% para 4,75% ao ano e para o final
de 2023, segue em 6% ao ano.
Quando o Copom reduz
a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à
produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a
atividade econômica. Entretanto, os bancos consideram outros fatores na hora de
definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro
e despesas administrativas.
Quando o Copom
aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso
causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e
estimulam a poupança.
Dólar
A previsão para a
cotação do dólar permanece em R$ 5,20, ao final deste ano. Para o fim de 2021,
a expectativa é que a moeda americana fique em R$ 5.
Com Informações Agência Brasil