Neste mês de novembro, a Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh) reforçou as idas a campo para medição de vazão e coleta de amostras para análise da qualidade da água nos rios do Espírito Santo. A equipe da Coordenação de Hidrologia, Informação e Pesquisa (Cohip) tem ido aos locais de forma independente ou em parceria com outros órgãos, como a Defesa Civil Estadual e a Companhia Espírito-santense de Saneamento (Cesan).
As ações conjuntas acontecem no contexto do Alerta!ES, convênio de cooperação técnica assinado entre a Agerh, a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil, a Cesan e o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper). O objetivo desta parceria é a integração coordenada das ações e o desenvolvimento de estudos e pesquisas relacionadas ao monitoramento hidrológico e meteorológico do Espírito Santo.
Desde o mês de outubro, a Agerh tem reforçado as idas a campo, no interior e na Grande Vitória, para monitoramento da água, tanto em termos de qualidade quanto de quantidade.
Nessa terça-feira (10), os técnicos estiveram no rio Santa Maria da Vitória, no limite dos municípios de Santa Leopoldina e da Serra, na localidade de Aruaba, onde houve medição da vazão do curso hídrico e coleta de água para análise de qualidade, em cumprimento à meta do Programa Qualiágua, da Agência Nacional de Águas (ANA), do qual a Agerh faz parte. O trabalho de campo foi realizado com o apoio da Defesa Civil, representada pelo subtenente Geocimar Martins de Castro.
De acordo com o coordenador da Cohip, Luiz Henrique Aquino, os trabalhos de campo em conjunto permitem a integração das equipes das diferentes instituições do Alerta!ES. “No caso da Defesa Civil Estadual, o monitoramento da água auxilia no enfrentamento de eventos hidrológicos extremos ou, em alguns casos, quando o comprometimento da qualidade de água do manancial afeta o abastecimento público. Nessa terça-feira (10), o subtenente viu como são geradas as informações que irão subsidiar as ações de resposta da Defesa Civil”, explicou Aquino.
Quantidade
Para complementar o monitoramento já realizado pelas 11 estações automáticas, instaladas em diversos cursos hídricos do Estado, a Cohip está realizando medições in loco em alguns pontos. De acordo com o coordenador da equipe, as estações medem nível e o trabalho realizado presencialmente no rio e calcula a vazão, com o auxílio de equipamentos portáteis. As ações são necessárias tanto para comparar quanto para gerar novos dados em locais mais sensíveis, como os rios da Grande Vitória.
“Essas medições também vão possibilitar a geração de informação de melhor qualidade para as ações de respostas aos eventos hidrológicos extremos, especialmente nos rios que abastecem a região metropolitana”, destacou Aquino.
Qualidade
Depois de alguns meses impossibilitada de viajar por conta das limitações impostas pela pandemia do novo Coronavírus (Covid-19), a equipe responsável voltou a coletar amostras de água para análises de qualidade no início do mês, seguindo os protocolos da Agência Nacional de Águas (ANA) e dos demais órgãos reguladores brasileiros, que também retomaram as atividades nos últimos dias.
A segurança da equipe foi o maior desafio para assegurar o retorno das atividades de campo, segundo Luiz Henrique Aquino. “Os servidores em grupo de risco apresentaram laudos médicos de aptidão e os protocolos sanitários foram reforçados”, ressaltou o coordenador.
A avaliação periódica da qualidade das águas das bacias hidrográficas do Estado ajuda a identificar em rios e córregos os melhores pontos de captação para consumo humano, as áreas críticas em termos de poluição, a efetividade das iniciativas de recuperação hídrica, o atendimento às metas de enquadramento, entre outros instrumentos de gestão dos recursos hídricos.
No Espírito Santo, a rede do Programa Qualiágua conta com 86 pontos de monitoramento, que são visitados quatro vezes por ano para a coleta e análise da qualidade de água. “A equipe da Cohip deverá finalizar a 4ª campanha no mês de dezembro. Espera-se que, em 2021, as campanhas ocorram normalmente, sem novas interrupções”, planeja o coordenador de hidrologia, informação e pesquisa da Agerh.
Assessoria de Comunicação da Agerh