No dia 14, os hospitais de Manaus entraram em colapso por causa da falta de oxigênio e pacientes morreram asfixiados.
O Amazonas
corre o risco de novo colapso no fornecimento de oxigênio, caso a demanda
diária, hoje superior a 80 mil metros cúbicos por dia, aumente nos próximos
dias. Segundo a única produtora no Estado, a White Martins, nos últimos cinco
dias a empresa atingiu o limite máximo de entrega, duas vezes e meia a
capacidade de produção de sua planta em Manaus, que é de 30 mil metros cúbicos
por dia.
No dia
14, os hospitais de Manaus entraram em colapso por causa da falta de oxigênio e
pacientes morreram asfixiados. Diante da crise, o Amazonas recebeu remessas de
cilindros enviadas pelo governo federal e também doações, muitas delas
articuladas pelas redes sociais. Segundo a reportagem apurou, o cenário de
crise de duas semanas atrás ainda não se repete nas unidades de saúde, mas o
aviso da White Martins acende o alerta no Estado.
"Em
paralelo, é imprescindível que as autoridades de Saúde mantenham o
monitoramento constante da sua demanda no Amazonas, para que seja definido um
plano de atendimento emergência", diz nota da empresa enviada à
reportagem. Procurado, o governo do Amazonas diz contar com o apoio das Forças
Armadas para o transporte de oxigênio não só da White Martins como de outras
empresas e doações para Manaus. "O governo do Amazonas também requisitou a
produção de outras duas empresas locais que produzem oxigênio e que são de
menor porte comparado à multinacional White Martins."
Vacinação
A
juíza federal do Amazonas Jaiza Fraxe determinou que o governo estadual
suspenda a entrega à prefeitura de Manaus das 132,5 mil doses da vacina
Oxford/AstraZeneca que chegaram no sábado a Manaus até que haja transparência
na vacinação, com a exigência da publicação de listas diárias de quem foi
imunizado.
A
magistrada quer evitar que pessoas fora do grupo prioritário recebam as doses,
como ocorreu na semana passada. Dois funcionários do governo estadual já foram
exonerados, mas há ao menos quatro integrantes da prefeitura da capital, entre
eles a secretária de Saúde, Shádia Fraxe, e o de Limpeza Pública, Sebastião
Reis, que não sofreram punição. O responsável pela Defensoria Especializada em
Atendimento de Interesse Coletivo, Rafael Barbosa, defende, contudo, que não
seja suspensa a aplicação da vacina, prevista para os maiores de 75 anos, além
de completar os profissionais da saúde, que já começaram a ser vacinados com a
Coronavac no dia 19.
Com Informações jornal O Estado de S. Paulo