Mulher pede ajuda para retirar objeto estranho do corpo após cirurgia


Uma dona de casa, que sonha em ter um filho, viu a vida virar de cabeça para baixo. Após um procedimento cirúrgico para retirada de um tumor ela descobriu, sete anos depois, que dentro dela havia sido deixado um corpo estranho. Atualmente, além da luta para ter um filho, ela busca uma forma de ser novamente operada e ter o objeto retirado do corpo.

A cirurgia foi realizada há 11 anos para tratar um problema de saúde da dona de casa Lucileide Alvarenga Alves, mas ao em vez de solucionar, trouxe ainda mais complicações.

"Eu fiz uma cirurgia em 2010 porque eu não estava conseguindo engravidar, então fui procurar ajuda médica. Fiz uma videolaparoscopia para tirar um mioma e um endometrioma do ovário esquerdo", contou.

A dona de casa relata, que o pós cirúrgico foi relativamente tranquilo. Ela conta que devido à cicatrização, ela sentia algumas pontadas, mas até então, para Lucileide o incômodo se tratava de gases.

Dificuldade em engravidar

Depois da cirurgia realizada em 2010, a dona de casa seguiu a rotina normalmente. Alguns anos se passaram e ela continuou querendo saber o motivo pelo qual não conseguia engravidar. Novamente, a dona de casa procurou um médico na tentativa de fazer novos exames para descobrir.

Foto: Reprodução / TV Vitória

Após sete anos, em um raio-x, ela descobriu que havia um corpo estranho dentro dela. Algo parecido com uma agulha ou um grampo.

"O médico que fez o exame falou para eu voltar no médico que me operou, por que ele não sabia se era um fio metálico ou alguma outra coisa, e também não sabia se eu poderia viver com esse objeto dentro de mim", relatou.

A dona de casa conta que procurou a equipe que realizou a cirurgia em 2010. De acordo com ela, o médico responsável pelo procedimento negou que tenha sido o responsável por ter deixado o objeto dentro do corpo dela.
Plano de saúde

Lucileide não tinha mais plano de saúde quando Lucileide descobriu que estava com um corpo estranho dentro dela. Sem estrutura para fazer uma nova cirurgia para retirada, ela depende do serviço público de saúde e há cerca de dois anos está atrás desse procedimento.

A primeira tentativa aconteceu em 2019. Depois, tentou passar pelo procedimento em 2020 e, segundo ela, não conseguiu devido à pandemia. Em 2021 a mesma frustração.

"Foram suspensas as cirurgias eletivas e depois em maio, comecei a entrar em contato com a Santa Casa e descobri que o código da minha cirurgia estava errado, aí eu marquei minha consulta de novo", explicou.

Lucileide e o marido são deficientes visuais. Eles trabalham tocando em bares e restaurantes. Juntos, chegaram a gravar um CD. A vida simples que a família leva, não permite que a cirurgia seja realizada em um hospital particular. Por isso, a dona de casa faz um apelo para que o procedimento seja marcado ou que alguém apareça para ajudá-la.

"Meu maior sonho é resolver meu problema. Quero tirar isso logo porque está me incomodando muito. Eu durmo e acordo pensando nisso. A gente não sabe o dia de amanhã. Eu quero operar logo. Se alguma pessoa puder fazer qualquer coisa para me ajudar, eu aceito", disse a mulher.

O Hospital Santa Casa de Misericórdia disse que, por conta da pandemia do novo coronavírus, todos os procedimentos eletivos foram suspensos por cerca de oito meses. O hospital informou ainda que o esquecimento do corpo estranho não aconteceu na Santa Casa, mas que a paciente está recebendo toda a assistência necessária.

A dona de casa segue na fila de cirurgia geral, mas ainda não há uma data para que a cirurgia seja feita. Já a Defensoria Pública do Estado disse que está acompanhando o caso e o possível erro médico.

* Com informações do repórter Douglas Camargo, da TV Vitória/Record TV.




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