O Espírito Santo fechou o primeiro semestre de 2021 com redução de 8,8% dos homicídios dolosos, em comparação com o mesmo período de 2020. No período de janeiro a junho deste ano foram 542 registros, contra 594 homicídios no ano passado. Este resultado é o segundo melhor da série histórica, perdendo apenas para o ano de 2019, quando foram registrados 506 casos.
Considerando dados regionais, a Região Metropolitana da Grande Vitória se destaca, com a maior redução no semestre entre as regiões. No período acumulado de janeiro a junho foram registrados 257 homicídios, contra 349 no mesmo período de 2020, uma redução de 26,4%.
O secretário de Economia e Planejamento, Álvaro Duboc, diz que a queda no índice de homicídios reflete a política de Segurança Pública realizada pelo Governo do Espírito Santo, que desenvolve um trabalho com visão transversal, dentro do Programa Estado Presente em Defesa da Vida. Esse programa é estruturado em dois eixos: controle da criminalidade e prevenção da violência.
“Ao mesmo tempo em que realizamos, com nossas forças policiais, ações de policiamento de proximidade, para levar segurança às comunidades, investimos na investigação criminal e realizamos prisões qualificadas, combatendo a impunidade, no eixo social avançamos na proteção à juventude, com a construção de uma cultura de paz, estruturando Centros de Referência para levarmos oportunidades para jovens em situação de vulnerabilidade social”, diz Duboc, que atua como coordenador do Programa Estado Presente em Defesa da Vida.
Crimes de proximidade
No mês de junho, o Espírito Santo registrou 85 homicídios dolosos, cinco a mais que junho de 2020. Ao analisar as características dos crimes, nota-se que 45% dos casos tinham características de proximidade, que dificultam ainda mais o controle das forças de segurança pública.
Entre estes, está o crime cometido em São Domingos do Norte, no dia 15 de junho, quando um homem matou a esposa, os três filhos e depois cometeu suicídio. Em São Mateus, no dia 21 de junho, o marido matou a mulher e depois cometeu suicídio. Ainda no mês de junho, foram registrados homicídios dentro de bares, estabelecimentos comerciais, em festa particular e em unidade prisional.
“Infelizmente, são crimes que a polícia não tem como impedir, ou tem uma atuação extremamente dificultada. É uma violência dentro de casa, dentro de um ambiente fechado, e aí fica praticamente impossível de prevenir, a não ser com conscientização e educação. Isso está enraizado no que podemos chamar de cultura da violência, que precisa ser desconstruída por meio de diversas frentes e órgãos públicos”, destacou o secretário.
Fonte: Secom/ES