Com base nas discussões realizadas no âmbito da Câmara Técnica em Imunização da Covid-19 e do Programa Nacional de Imunizações, o Ministério da Saúde definiu, por meio da Nota Técnica Nº 1.203/2021, que a vacinação contra a Covid-19 pode ocorrer simultaneamente às demais vacinas ou em qualquer intervalo.
Com a nova orientação, a partir desta quarta-feira (29), não será mais necessário realizar o intervalo de 14 dias entre uma vacina e a contra a Covid-19.
“É uma medida importante, uma vez que desta forma evitamos perdas de oportunidades de vacinação. Com uma única ida ao serviço de saúde, poderemos ofertar as vacinas disponíveis no Calendário Nacional, além das campanhas em curso, como a da Influenza, possibilitando o aumento das coberturas vacinais e a proteção da população contra doenças imunopreviníveis”, defendeu Danielle Grillo, coordenadora do Programa Estadual de Imunizações e Vigilância das Doenças Imunopreviníveis.
De acordo com a coordenadora, existem estudos clínicos em andamento, relacionados à coadministração com as demais vacinas do calendário vacinal. Além disso, ela explica que, segundo é pontuado na Nota Técnica do Ministério da Saúde, uma vez que as vacinas contra a Covid-19 foram desenvolvidas em plataformas que não têm vírus vivos, e considerando o que é observado com as demais vacinas, não é esperado impacto significativo na resposta imune ou na segurança frente à coadministração com as demais vacinas do calendário de vacinação.
“O intervalo foi adotado anteriormente como estratégia da necessidade de monitoramento do perfil de segurança das vacinas. Com o passar dos meses, com a vacinação de milhares de pessoas, os dados de segurança e com as discussões realizadas pela equipe técnica responsável, foi compreendido que a coadministração, como já é feita para as demais vacinas, poderia ocorrer”, explicou Danielle Grillo.
“É uma ótima oportunidade para melhorarmos as coberturas vacinais das demais vacinas do calendário. Em especial do público adolescente, que ao comparecer ao serviço de saúde para receber a vacina contra a Covid-19, o profissional poderá ofertar todas as vacinas que estão disponíveis e que ainda não fez uso”, acrescentou a coordenadora.
Fonte: Governo ES