Cachorro salva vida do novo tutor logo após ser acolhido; entenda!

O cachorro conseguiu acalmar o homem e, chorando, o arrastou até seu celular (Foto: Ramapo-Bergen Animal Refuge)

Animais de estimação, além de melhores amigos, podem ser verdadeiros heróis nas vidas de seus tutores. Um exemplo perfeito disso é a história de Brian Myers e seu cachorro, uma Pastor-Alemão chamada Sadie.

A adoção de Sadie aconteceu de forma planejada. Brian é aposentado e mora sozinho, e depois de ter sido infectado pela Covid-19, começou a se sentir vulnerável e triste. Assim, decidiu adotar um cachorro para lhe fazer companhia.

“Eu decidi que seria uma boa ideia adotar um cachorro depois de tanto tempo que fiquei em casa sozinho”, conta o idoso. Ele disse, em entrevista ao Washington Post, que tinha um cachorro resgatado há muito tempo, mas por causa da idade do pet precisou sacrificá-lo.

“Eu estava pronto para outro!”

Cerca de seis meses depois de ter se recuperado da Covid, um amigo do idoso que conhecia o abrigo Ramapo-Bergen Animal Refuge mandou à Brian um e-mail com uma foto de Sadie e ele se surpreendeu à primeira vista.

A pet foi identificada pelo abrigo como “difícil de realocar”, por causa de seu comportamento agressivo. Ainda assim, Myers marcou um horário para visitar o abrigo, para conhecer Sadie. O Ramapo-Bergen Animal Refuge é um local que recebe animais considerados “difíceis” e os treina para eliminar comportamentos agressivos e colocá-los de volta para adoção.

“Ele era muito protetiva e ansiosa. Quando ela não quer alguém em seu espaço, ela se faz maior e começa a latir”, conta Megan Brinster, diretora executiva do abrigo. “Mas quando vimos o formulário de Brian pensamos: ‘Vamos dá-los uma chance'”.

Foto: Ramapo-Bergen Animal Refuge

‘Uma combinação incrível’

Megan conta que, ao reunir Brian e Sadie, em poucos minutos estavam brincando de bola e o homem conseguiu levar o cachorro para um passeio. “Foi algo inspirador de ver, eles são uma combinação incrível, estava claro que eles estavam prontos para ir juntos”, conta a diretora.

Assim que os papéis da adoção foram preenchidos, Brian levou Sadie para uma loja pet e comprou um grande saco de ração, brinquedos e ossos.

“Eu ficava olhando pelo retrovisor e pensando: ‘Uau, que garotona grande'”, conta Brian.

Assim que chegaram em casa, o idoso conta que o cachorro se ergueu em duas patas, se acomodou como em um abraço e lambeu o rosto do novo tutor.

“Eu sabia que queria fazer todos os seus dias felizes”, conta emocionado. Na primeira noite, Brian fez questão de tirar Sadie do tapete e chamá-la para dormir junto com ele, na cama confortável.

Foto: Ramapo-Bergen Animal Refuge

Cão herói

Um certo dia, que tinha tudo para ser comum na vida de Brian e Sadie, o idoso percebeu que algo estava errado quando caiu de repente no chão. Ele não sentia o lado esquerdo de seu corpo e não conseguia levantar.

“Eu estava apavorado. Não conseguia levantar e, naquele momento, não percebi que estava tendo um AVC”, explica. “Meu celular estava na cômoda, há cerca de 5 metros de distância, mas não tinha como eu pegar”.

Apenas alguns segundos depois, Brian sentiu algo molhado no seu rosto: lambidas de Sadie. “Ela ficava me lambendo e estava chorando, então levantei minha mão direita e fiz carinho nela, aí eu peguei sua coleira.” O idoso conta que ficou completamente chocado com o que aconteceu em seguida.

Sadie se afastou do rosto de Brian e começou a puxá-lo, centímetro por centímetro, e o levou até a cômoda.

“Ela não passou por treinamento como cão de serviço, mas ela estava assustada pelo que estava acontecendo e ela podia perceber que eu estava com problemas. Eu não sei como ela fez, mas ela sabia”, explica o idoso.

Foto: Ramapo-Bergen Animal Refuge

Depois de cinco minutos, ele estava em frente à cômoda e conseguiu alcançar o celular com seu braço direito e conseguiu ligar e pedir ajuda. No hospital, os médicos fizeram exames que comprovaram o AVC, e disseram a Brian que é muito possível que sua melhor amiga tenha salvado sua vida.

“Adotá-la foi a melhor decisão que eu já fiz. Eu realmente sinto que estávamos destinados”, conta.

Fonte: Tribuna Jundiaí


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