A segunda edição do Prêmio Cafés Especiais do Espírito Santo divulgou os finalistas nas categorias de Arábica e Conilon. Das regiões do Caparaó, sul e serrana do Estado, os produtores de café arábica estão representados pelos municípios de Castelo, Conceição do Castelo, Marechal Floriano, Venda Nova do Imigrante, Brejetuba, Dores do Rio Preto, Afonso Cláudio, Domingos Martins e Muniz Freire. A seleção do café conilon foi de norte a sul do Espírito Santo, nos municípios de Afonso Cláudio, Pinheiros, Jerônimo Monteiro, Alfredo Chaves, Castelo, Itarana, Santa Teresa, Alegre e Muqui.
As amostras de cafés foram analisadas com aspectos técnicos de fragrância e aroma, sinalização, sabor, acidez, doçura, corpo, xícara limpa, uniformidade, balanço, equilíbrio e nota global. Cada item avaliado tem pontuação de 0 a 10, sendo 100 a pontuação máxima para cada amostra. Para a avaliação dos lotes, as amostras passaram por análise sensorial conforme protocolos internacionais estabelecidos para o café Arábica (Specialty Coffee Association – SCA) e para o café Conilon (Coffee Quality Institute - CQI).
O Prêmio é realizado pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e pela Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), com o apoio da Fundação de Desenvolvimento e Inovação Agro Socioambiental do Espírito Santo (Fundagres Inovar). A premiação tem os principais objetivos de incentivar a produção de cafés especiais no Estado e valorizar os produtores.
“As avaliações das amostras demonstraram cafés de grande qualidade, de localidades diversas do Espírito Santo. Além do Prêmio ser uma forma de valorizar os cafeicultores, também é um parâmetro para verificar a qualidade dos cafés capixabas. Outro objetivo é incentivar a produção sustentável do café e percebemos que essa é uma realidade que está crescendo nas propriedades. O Incaper tem um imenso orgulho de promover essa premiação e de auxiliar o produtor onde tudo começa, no campo”, destacou o coordenador de Cafeicultura do Incaper e membro da comissão de organização do Prêmio, Abraão Carlos Verdin.
Premiação
A premiação é dividida entre os 1º, 2º e 3º colocados nas categorias de Arábica e Conilon, com os valores respectivos de R$ 30 mil, R$ 15 mil e R$ 10 mil. O Prêmio conta ainda com uma premiação extra para os finalistas da categoria de Sustentabilidade, que é dividida em Arábica e Conilon para premiação dos 1º, 2º e 3º lugares, com valores de R$ 5 mil, R$ 3 mil e R$ 2 mil, respectivamente. Os prêmios serão pagos em dinheiro, insumos ou equipamentos, no prazo que atenda a disponibilização de recursos por parte dos patrocinadores, conforme prevê o regulamento do Prêmio.
A avaliação sensorial do café tem peso de 90% na pontuação final, enquanto a avaliação socioambiental vai ter peso de 10%, sendo a somatória dos critérios igual a 100 pontos. Serão considerados vencedores os cafés cujas somatórias entre avaliação sensorial e avaliação dos critérios das boas práticas agrícolas obtiverem maior pontuação. As 43 propriedades de cafés arábica e conilon, que tiveram as amostras selecionadas no Prêmio, passarão por auditorias técnicas para avaliação de boas práticas agrícolas no cultivo de café especial e os critérios socioambientais estabelecidos pelo Currículo de Sustentabilidade do Incaper.
Na categoria de Arábica, foram selecionados 23 nomes em razão da pontuação igual de três cafeicultores. Conforme explicou a organização do 2º Prêmio Cafés Especiais do Espírito Santo, a decisão de classificar um número superior ao de 20 finalistas não interfere na escolha final dos vencedores.
Os melhores cafés do Espírito Santo serão premiados no dia 16 de dezembro, durante cerimônia presencial em Linhares, com horário e local a definir. Na ocasião, os lotes de cafés finalistas das categorias de Arábica e Conilon vão participar de cupping e rodada de negócios.
Fonte: Governo ES