Greve dos caminhoneiros: autônomos ligados ao agronegócio paralisam atividades

Foto Ilustrativa

Após reajustes sucessivos no preço dos combustíveis, os caminhoneiros autônomos do Mato Grosso ligados ao agronegócio do país resolveram paralisar suas atividades. A Justiça proibiu o bloqueio de rodovias, mas a categoria segue mobilizada para reduzir o preço do frete.

Em vídeo que circula no WhatsApp divulgado pela revista Exame, um representante diz que "continua firme e forte parado" e "não vai carregar frete ruim".

Ele diz que conversou com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e ele teria dito que os comerciantes pediram que os caminhoneiros voltassem ao trabalho. O representante diz ainda que o ministro disse para eles continuarem a greve.

"Dessa vez vocês não vão conseguir porque nós não estamos trancando pista, cometendo erro. Eu nunca cometi esse erro, meus colegas várias vezes cometeram esse erro e dessa vez entramos num acordo de não fazer essa besteira ai", diz.

"Vamos ver até onde eles aguentam com o procuto deles estocado", adiciona o grevista.

Na segunda-feira (8), os caminhoneiros autônomos que atuam no Porto de Santos (SP) encerraram a greve.

A assembleia que definiu o fim da greve aconteceu na tarde de segunda-feira no Sindicato dos Operários Portuários de Santos (Sintraport). De acordo com a Santos Port Authority (SPA), o acesso ao Porto de Santos fluiu normalmente durante os dias de paralisação, e não houve concentração de caminhões parados.

"Esse tipo de paralisação é o que recomendamos, algo que não pare as estradas e ao mesmo seja eficaz”, disse à revista Marlon Maues, diretor-executivo da Confederação Nacional Transportadores Autônomos (CNTA). “Em algumas situações, como no caso da paralisação recente no porto de Santos, a categoria conseguiu ganhos superiores aos da tabela de frete”, completou.

Um dos principais fatores de descontentamento dos motoristas autônomos é em relação aos reajustes no frete não acompanharem o preço do diesel, que subiu subiu 65,3% nas refinarias neste ano.

O presidente Jair Bolsonaro acredita que se a Petrobras reajustar o preço do diesel novamente, a adesão à greve dos caminhoneiros deve aumentar . Há uma semana, ele disse que a estatal anunciaria um novo aumento "dentro de 20 dias". Na ocasião, a empresa negou que repasse informações ao presidente.

“Você não tem como fazer milagre, é uma correia de transmissão essa questão. Inclusive a Petrobras já fala em um novo reajuste. Eu não vou omitir informações, essa é uma realidade que está acontecendo e você vê já cada vez mais crescendo tendência de caminhoneiros de parar o Brasil”, disse ele em entrevista à Jovem Pan Curitiba nesta segunda.

Fonte: Brasil Econômico


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