Greve dos caminhoneiros: veja como estão as estradas pelo Brasil


Mesmo após o governo federal, por meio do Ministério de Infraestrutura, ter conseguido 29 "interditos proibitórios", que garantem o impedimento de ações iminentes que ameaçam a posse de rodovias e vias de acesso que cortam o País, os caminhoneiros anunciaram que fechariam rodovias do Brasil nesta segunda-feira (1º). Uma das pautas da vez é a mesma que aborrece milhares de brasileiros: o aumento no preço dos combustíveis. Até as 18h, no entanto, não havia bloqueio em Pernambuco, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), e até as 17h, segundo o Ministério da Infraestrutura, não havia no País, "nenhuma ocorrência de bloqueio parcial ou total em rodovias federais ou pontos logísticos estratégicos".

Apesar de alguns grupos terem retirado o apoio à paralisação após o decreto federal, algumas importantes associações mantiveram a promessa de greve. A Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), o Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) e o Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e Vale do Ribeira (Sindicam), são exemplos.

Para a categoria, uma paralisação neste momento representa a insatisfação em relação a alta nos preços dos combustíveis. De acordo com dados do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), os preços de revenda registraram aumentos de 28% no diesel, 32% na gasolina e 27% no gás de cozinha, isso apenas nos nove primeiros meses de 2021.

A disparada no preço do óleo diesel, que voltou a subir na semana passada, aumentou o aborrecimento dos caminhoneiros, que também discutem outras pautas. A agenda do setor contém ao todo 14 itens, com destaque para temas como a constitucionalidade do piso mínimo de frete; uma nova política de preços da Petrobras; aposentadoria especial e maior fiscalização nas rodovias.

Segundo o Ministério da Infraestrutura, às 17h, o único ponto relevante de aglomeração era o quilômetro 276 da BR-116/RJ (Dutra) no município de Barra Mansa, no Rio de Janeiro. "Sem bloqueio e sem abordagem a caminhoneiros que seguem viagem", informou a pasta.

O Ministério da Infraestrutura informou também que a entrada do Porto de Santos, no estado de São Paulo, que estava ocupada pelos manifestantes, agora está vazia. Eles teriam se retirado após a Polícia Militar ter-lhes entregado um interdito proibitório.

Em Pernambuco, um dos estados em que o pedido do governo federal de interdito proibitório não foi acatado pela Justiça Federal, a situação de tranquilidade nas rodovias se repete. Até então, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que não há bloqueios nas vias e o fluxo segue normal.

Interditos proibitórios

De acordo com o governo, as ações mantêm a "garantia do pleno funcionamento logístico", afastando riscos de desabastecimento. Segundo a pasta de Infraestrutura, os interditos representam elemento de reforço "para que as forças de segurança trabalhem na manutenção da ordem, uma vez que o Estado deve garantir a livre circulação de pessoas, serviços e mercadorias essenciais para o País".

Na lista com decisões favoráveis aos governo federal estão:

Rio de Janeiro
São Paulo
Mato Grosso do Sul
Santa Catarina
Minas Gerais
Rio Grande do Sul
Espírito Santo
Paraná
Pará
Bahia
Mato Grosso
Rio Grande do Norte
Alagoas
Paraíba
Maranhão
Tocantins
Goiás,
Amazonas
Piauí
Rondônia

Fonte:JC


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