Arma antidrone usada em presídios paulistas - DIVULGAÇÃO/SAP |
O estado de São Paulo passou a utilizar equipamentos que impedem que drones cheguem aos presídios paulistas levando celulares, carregadores e drogas, entre outros itens.
O sistema antidrone consiste em quatro “armas” que custaram, juntas, R$ 2,8 milhões ao governo estadual. Elas se tornaram uma ferramenta contra esse acesso ilegal às penitenciárias, delito que cresceu em 2020, quando as visitas foram restringidas por causa da pandemia.
O equipamento, de cerca de 12 kg, chama a atenção pelo tamanho e pelo formato, que lembra uma arma de grandes proporções. Agentes de escolta e vigilância penitenciária foram treinados em agosto pela SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) em um presídio na Grande SP e passaram a dominar o uso da nova tecnologia.
O equipamento, de origem australiana, é capaz de interceptar drones a uma distância de mais de mil metros. As "armas" interferem no link de dados, fazendo com que a comunicação entre o criminoso e o drone seja interrompida. O operador do sistema antidrone assume então o controle do objeto voador, podendo fazê-lo voltar à origem – o que permite a identificação dos infratores. É ainda possível forçar a descida do drone ou mantê-lo em voo estacionário.
O emprego dessa tecnologia no país é feito de forma pioneira em São Paulo.
Invasões
Em 2019, o governo de São Paulo registrou 16 ocorrências de presença de drones em presídios e realizou capturas em apenas três ocasiões, em Franco da Rocha e Suzano. Foram apreendidos naquele ano três drones, 27 celulares, um carregador e cinco chips.
Já em 2020 foram 158 constatações de presença de drones em áreas de presídios, com a captura em seis ocorrências. Foram apreendidos 53 celulares, 14 carregadores, oito cabos USB, 20 chips e 94 invólucros/comprimidos de entorpecentes (maconha e droga sintética) em presídios em Franco da Rocha e São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, e Mongaguá, no litoral.
Fonte: R7