CASO HENRY BOREL: defesa de Dr. Jairinho pede elaboração de laudo psicológico para processo


Pedido foi encaminhado no último dia 29 de novembro e anexado na quarta-feira (1º). Magistrada que cuida do caso ainda não se manifestou.

Dr. Jairinho em sessão da Câmara em outubro de 2019 — Foto: Renan Olaz/Câmara Municipal do Rio/Divulgação

A defesa de Dr. Jarinho encaminhou na segunda-feira (29) para a juíza Elizabeth Machado Louro, responsável pelo caso Henry Borel, um pedido de elaboração de laudo psicológico do ex-vereador.

De acordo com o advogado Braz Sant’Anna, que defende o ex-político, o pedido já está com a juíza para decisão. A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro também confirmou à anexação do item ao processo na quarta-feira (1º), mas sem manifestação da magistrada.

O laudo seria elaborado por profissionais indicados pela defesa com confecção de entrevistas e aplicação de instrumentos psicológicos. A defesa pede ainda que as análises sejam aplicadas em três dias diferentes, pela manhã e à tarde, com intervalos estabelecidos pela unidade prisional de Bangu 8, onde Jairinho se encontra.

O g1 entrou em contato com o advogado Braz Sant’Anna para saber de que modo o laudo poderia colaborar na defesa, mas até a publicação desta não obteve resposta.

Mandado de segurança para reaver o mandato

No final de outubro, o advogado Berilo Martins da Silva Netto, que representa Jairinho na esfera cível, entrou com um mandado de segurança no Tribunal de Justiça do Rio para tentar reaver o mandato do vereador – cassado no dia 30 de junho desse ano.

“Entramos com Mandado de segurança, sim, e temos boas chances reverter o resultado do julgamento da Câmara de Vereadores. O TJRJ ainda não tem uma data certa para avaliação, mas acredito que seja somente após o recesso do Judiciário”, disse sobre a expectativa da ação ser avaliada apenas em 2022.

O mandado de segurança se baseia na premissa de que a possível participação de Jairinho no crime contra Henry Borel não tem a capacidade "de afastar a presunção de sua inocência" e tirar seu mandato.

Ao saber da tentativa de voltar à Câmara de Vereadores do Rio, o pai de Henry, o engenheiro Leniel Borel, disse já esperar a manobra e chamou a ação de revoltante.

“É revoltante que o Jairo continue se prevalecendo da influência política após o assassinato do meu filho, uma criança inocente que não merecia ser agredida. Infelizmente esse tipo de manobra já era esperada por este monstro, principalmente por se tratar de uma família inserida no cenário político atual”, disse.

Leniel contestou ainda a tese da defesa de Jairinho de que o inquérito que investiga sua participação na morte de Henry "não possui condão de afastar a presunção de sua inocência"

“Apresentar como pretensão retomar a carreira pública, na qualidade de representante do povo, o que pressupõe limpidez e ausência de mácula em condutas sociais, não se compatibiliza com inúmeras agressões a outras crianças e com o brutal assassinato do meu filho”, disse referindo-se a outros processos por agressões à outras três crianças.

Duas novas sessões estão marcadas para os dias 14 e 15 de dezembro deste ano, quando testemunhas de defesa deverão ser ouvidas pela Justiça.

Fonte: G1 RJ



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