ESTADO DE PERIGO | Represas na Bahia são monitoradas por risco de rompimento em função das chuvas


Apesar de a chuva ter diminuído, muitos rios e barragens seguem com o nível alto. O Rio Cachoeira, por exemplo, teve a pior inundação em 30 anos, deixando quase mil famílias desabrigadas e desalojadas em Itabuna.

Vista aérea das enchentes causadas por fortes chuvas em Itapetinga, Bahia, nos últimos dias

Bombeiros estão monitorando ao menos dez barragens por causa do risco de rompimento, se continuar chovendo forte.

A força da água assusta. Apesar de a chuva ter diminuído, muitos rios e barragens seguem com o nível alto. A barragem da Pedra, perto de Jequié, precisou abrir seis das sete comportas. E com o aumento do volume liberado, o Rio de Contas subiu, afetando as comunidades ribeirinhas.

Na barragem da Pedra do Cavalo, uma das mais importantes da Bahia, o volume chegou a atingir o volume máximo da calha do rio.

A atenção agora, na região sudoeste, é para a situação de Itambé, onde dois rios cortam a cidade e voltaram a subir na tarde desta segunda (27). A Prefeitura deu um novo alerta para que os moradores saiam das áreas mais baixas da cidade.

Outra cidade afetada é Cândido Sales, onde algumas comunidades voltaram a ficar alagadas. 

Já faz um mês que o Rio Cachoeira está acima do nível normal. Ele é o maior rio da região sul da Bahia, passando por 11 municípios.

Uma das imagens mais fortes do temporal é do aposentado João Alves Nascimento, de 71 anos, que saiu de casa com a água batendo quase no rosto. Na mão, a única coisa que ele conseguiu levar: uma bolsinha com documentos.

Voltando nesta segunda-feira (27) em casa, João lembra que o resgate só foi possível com ajuda de voluntários e vizinhos.

“Eu fiquei esperando a água baixar, porque nunca aconteceu essa cheia. E os amigos ficaram chamando, chamando, e eu resolvi sair. Se eu ficasse, era arriscado morrer afogado, mesmo", relembrou.

Fonte: JN / Rede Globo 




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