REAJUSTE SALARIAL: Policiais Civis do ES terão reajuste em três etapas em 2022. Veja!


Os agentes da Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) receberão um reajuste escalonado em seus subsídios no ano que vem. O pagamento será escalonado, ou seja, por etapas, começando em 1º de janeiro e concluindo em 1º de dezembro de 2022.

Além de definir o reajuste para a categoria, a proposta estabelece novas atribuições para os agentes e investigadores da corporação.

O Projeto de Lei Complementar (PLC) 43/2021, que havia sido encaminhado pelo governo do Estado à Assembleia Legislativa, foi aprovada por unanimidade durante sessão extraordinária nesta quarta-feira (8).

O Executivo estadual encaminhou, junto à proposta, um documento onde consta o impacto financeiro previsto para os anos seguintes. A estimativa é de um acréscimo de R$ 12,8 milhões para 2022 e de pouco mais de R$ 16 milhões para 2023. O governo ressalta que os valores estão em consonância com a Lei de Responsabilidade Fiscal.

“Ressaltamos que a proposta vai ao encontro da política de carreira estabelecida pelo Poder Executivo estadual, estando a reestruturação proposta compatível com os ditames e exigências constitucionais referentes à administração pública, inclusive quanto à adequação remuneratória, que se encontra em consonância com a complexidade e atribuições ora estabelecidas ao cargo de agente de polícia”, justifica o governo na mensagem encaminhada ao Legislativo.

Pagamentos dos subsídios aos policiais civis serão feitos em três etapas

A proposta do governo estadual, e aprovada pelos deputados, prevê que o reajuste será concedido em três etapas. Os pagamentos serão feitos nos meses de janeiro, julho e dezembro.

Os índices variam de acordo com a progressão dos agentes dentro das quatro categorias: especial, 1ª categoria, 2ª categoria e 3ª categoria.

Veja como ficará a tabela de subsídios para os agentes da PCES em 2022

1º de janeiro de 2022
Categoria especial: entre R$ 7,4 mil e R$ 9,7 mil
1ª categoria: entre R$ 6,4 mil e R$ 8,4 mil
2ª categoria: entre R$ 5,5 mil a R$ 7,3 mil
3ª categoria: entre R$ 4,8 mil e R$ 6,4 mil

1º de julho de 2022
Categoria especial: entre R$ 7,6 mil e R$ 10,1 mil
1ª categoria: entre R$ 6,9 mil e R$ 8,8 mil
2ª categoria: entre R$ 5,8 mil e R$ 7,6 mil
3ª categoria: entre R$ 5 mil e R$ 6,6 mil

1º de dezembro de 2022
Categoria especial: entre R$ 8 mil e R$ 10,6 mil
1ª categoria: entre R$ 7 mil e R$ 9,2 mil
2ª categoria: entre R$ 6,1 mil e R$ 8 mil
3ª categoria: entre R$ 5,3 mil e R$7 mil

O presidente da Associação dos Agentes da Polícia Civil (Agepol), Paulo Pignaton, disse que a proposta é um avanço para a classe, mas ainda espera novas conquistas para os agentes.

“Hoje é um dia muito importante para a categoria dos agentes de polícia. É um projeto que valoriza a nossa categoria. Não é o que a gente está lutando, nosso objetivo é nível superior para toda a polícia do Brasil, mas é um avanço muito importante para a categoria dos agentes de polícia, mas vamos continuar lutando”, disse.

Novas atribuições aos policiais civis

Em relação às novas atribuições estabelecidas para os agentes e investigadores de polícia, o governo explica que pretende coibir a prática de desvio de função que vem sendo flagrada.

“A ação parte da necessidade de adequar as atribuições dos referidos cargos, com vistas a impedir o desempenho de atividades em desvio de função, especialmente no que tange ao cargo de agente de polícia, cujos servidores do referido cargo têm alegado em ações judiciais o exercício de atividades inerentes ao cargo de investigador de polícia, tendo o Estado sido condenado em inúmeras dessas demandas”, esclarece o Executivo.

As ações judiciais mencionadas renderam um Procedimento Administrativo movido pelo Ministério Público Estadual (MPES), firmando um termo de acordo com o Executivo estadual, no qual foi acordado o envio do PLC reajustando as funções para evitar novos casos de desvio de função.

O presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa (Ales), deputado Delegado Danilo Bahiense (sem partido), ficou satisfeito com a aprovação do PLC.

“É uma luta muito importante e foi uma grande vitória. Porque os agentes de polícia, já há muito, eles têm as mesmas atribuições do investigador de polícia, ou seja, fazem as mesmas atribuições, mas o salário era muito diferente”, opinou.

O assessor de políticas públicas da Secretaria de Estado de Justiça (Sejus) e ex-deputado estadual Gilsinho Lopes falou em nome do governo.

“Isso vem corrigir uma distorção de muitos anos. Os agentes de polícia fazem o mesmo trabalho que os investigadores, cumprem as mesmas funções e o salário é inferior ao do investigador. Este PLC veio corrigir, mas ainda não é o que a categoria espera. Ela espera o reconhecimento do nível superior e equiparação salarial com os investigadores”, concluiu.
Fonte: Folha Vitória


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