A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) deflagraram, na manhã desta quarta-feira (23), a Operação Ratoeira, contra integrantes de uma organização criminosa especializada na perfuração de dutos da Transpetro, para subtração de petróleo e combustível.
Ao todo, 10 mandados de prisão e 26 de busca e apreensão estão sendo cumpridos no Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Pernambuco. Até o momento, cinco pessoas foram detidas.
A ação é realizada em conjunto com o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro e conta com apoio de delegacias do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE) e da Polícia Civil do Espírito Santo.
As investigações tiveram início a partir da prisão em flagrante de dois integrantes da quadrilha no município de Magé, quando conduziam petróleo subtraído.
Na ocasião, os celulares da dupla foram apreendidos e passaram a fazer parte do processo investigatório. Com o andamento das investigações, os agentes identificaram os criminosos e as respectivas funções nas derivações clandestinas.
Segundo os policiais, a estrutura do grupo é formada por três núcleos:
- 1º: Um responsável por efetuar a perfuração nos dutos com uso de equipamentos próprios
- 2º: Um responsável pela extração e transporte do petróleo e combustível subtraídos em caminhões
- 3º: Empresários receptadores do produto
Grupo de conversas denominado "BR Ratobras"
A comunicação entre eles é feita por meio de aplicativo de mensagens, no qual planejam estratégias de atuação, principalmente em áreas remotas e em horários noturnos.
O grupo criado para as conversas da organização criminosa é denominado “BR Ratobras” e possui uma espécie de logomarca com a imagem de um rato portando um fuzil.
A ´Polícia Civil do Rio de Janeiro destacou que furto de petróleo e derivados a partir da perfuração de dutos da Transpetro/Petrobras é classificado como um crime de alta periculosidade social.
"Além de causar prejuízos econômicos à empresa e, por via indireta, ao consumidor, cria um risco concreto de vazamentos, incêndios, explosões e danos ambientais, colocando em perigo as comunidades vizinhas às faixas de dutos e o meio ambiente", diz a nota.
A equipe de reportagem procurou a Transpetro para saber detalhes sobre a operação e um posicionamento da empresa. A resposta será acrescentada assim que for enviada.
Fonte: Folha Vitória