Jovem segue internado em um hospital particular — Foto: Reprodução/TV Gazeta |
O jovem encontrado com um corte profundo na barriga na Praia do Ermitão, em Guarapari, estava em um luau comemorando uma viagem de estudos quando foi vítima de um ataque, segundo o advogado da famílias da vítima e da jovem que estava com ele, Lécio Machado.
Em entrevista à TV Gazeta, nesta terça-feira (1º), o advogado explicou que o casal está em um relacionamento há mais de um ano.
A pedido das famílias, a identidade dos jovens não será revelada.
"Eles têm um relacionamento há mais de um ano e ele estava para ir embora do Brasil para estudar línguas e tal, fora do Brasil, e ela ainda está estudando no pré-vestibular, eles foram fazer uma comemoração de despedida deles, porque iam ficar um tempo sem se ver, por isso foram para a praia", disse.
O advogado contou que o casal estava sozinho comemorando e foi atacado e roubado. Os autores do crime ainda são desconhecidos e a Polícia Civil investiga o caso. Os detalhes da investigações não foram divulgados.
O caso aconteceu no dia 16 de janeiro, mas neste fim de semana ganhou as redes sociais, sendo um dos assuntos mais comentados desde o domingo (30).
"Nas redes sociais, além de ocorrerem várias histórias e várias especulações, que deixaram todos muito abalados, vazaram áudios, imagens e vídeos desde o momento da cirurgia dele, do atendimento, do tratamento policial. Isso foi muito grave", disse a defesa.
O advogado também falou da recuperação do jovem, que segue internado em um hospital particular.
"Ele passou por cirurgia, passou pela UTI e atualmente está no quarto se recuperando muito bem, na medida do possível, porque foram muitos ferimentos, não só na barriga", disse.
O advogado confirmou a veracidade de uma imagem que circula nas redes social e mostra o estudante falando em um grupo sobre o ataque.
"É óbvio que todas essas histórias são mentira. O que houve foi uma tentativa de latrocínio. Machucaram a menina que estava comigo e também me feriram muito no rosto e me cortaram o abdômen", diz parte da mensagem.
Advogado confirmou a veracidade de uma imagem que circula nas redes social e mostra o estudante falando em um grupo sobre o ataque — Foto: Reprodução/TV Gazeta |
Mochila, cacos de vidro e pedaços de órgão foram achados
Na tarde de segunda (31), o major Lourencini, da Polícia Militar, deu detalhes sobre o que os policiais encontraram no momento em que atenderam à ocorrência.
Segundo ele, quando a equipe chegou ao local, o rapaz já havia sido socorrido e não estava mais lá. De acordo com o boletim da ocorrência, era possível ver parte do intestino do rapaz.
O material foi entregue à Polícia Civil para ser analisado.
"Foram encontrados no local algumas poucas marcas de sangue, uma mochila com os pertences e cacos de vidro, garrafa quebrada no local, alguns pequenos órgãos também espalhados no local ali", disse ele.
Segundo o policial, no início da manhã do dia 16, já em contato com a Polícia Civil, os militares descobriram que o jovem ferido havia sido levado para o Hospital Estadual de Urgência e Emergência (HEUE), em Vitória. Depois, ele foi transferido para o hospital particular.
Segundo a Polícia Civil, as famílias dos jovens ainda irão prestar depoimento. Somente um dos vigilantes do parque, que estava trabalhando no momento, foi ouvido.
A jovem ainda está abalada psicologicamente. A expectativa é que ela preste depoimento nesta semana.
Mochila, cacos de vidro e pedaços de órgão foram achados — Foto: Reprodução/TV Gazeta |
Praia secreta
A Praia do Ermitão está localizada no final da Praia do Morro e é conhecida por ser uma praia secreta. Só é possível chegar até ela por meio da entrada e acesso do Parque Morro da Pescaria, que funciona das 7h às 16h. Outra possibilidade é passar pelas pedras na beira do mar.
De acordo com a PM, na madrugada, a entrada do parque fica fechada.
"Os jovens teriam que ter passado pelas pedras ou pelo meio da mata para acessar a praia do Ermitão, o que para jovens não é tão difícil de se fazer. Às vezes no verão a cidade tem muitas pessoas, é possível que aconteça, apesar de não ser permitido, disse o major Lourencini.
Fonte: G1