A produção industrial do Espírito Santo tem motivos de sobra para comemorar. O setor fechou 2021 com crescimento acima da média nacional, segundo a Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional) divulgada nesta quarta-feira (09), pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística (IBGE). O resultado capixaba foi de 4,9% e média nacional registrou alta de 3,9%.
Essa não foi a primeira vez que o estado fecha o ano com saldo positivo. O último havia sido em 2017 (1,7%). Além disso, registra sua melhor performance desde 2014 (5,6%).
Segundo a Marília Silva, economista-chefe da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) e gerente-executiva do Instituto de Desenvolvimento Industrial do Espírito Santo (Ideies), o desempenho registrado pelo Espírito Santo frente ao país se deve a maior participação das commodities da indústria de transformação.
“Entre elas estão aço, celulose e rochas ornamentais, na estrutura produtiva capixaba que torna a sua dinâmica industrial mais atrelada ao comportamento do mercado externo. Em 2021, o cenário externo foi atrativo para as exportações desses produtos, o que impulsionou a produção do Espírito Santo”, pontua.
Para a presidente da Findes, Cris Samorini, uma série de fatores podem ter contribuído para que esse resultado não alcançasse um patamar ainda mais expressivo. Entre eles, a elevação dos juros, a escassez e encarecimento de insumos.
Em 2022, Samorini acredita que alguns desses pontos permanecerão como desafios.
“Além disso, o ano de 2022 iniciou com sinais de moderação do crescimento no mundo devido ao avanço da Ômicron. Mas, independentemente das incertezas que ainda enfrentamos, temos que destacar a capacidade que as indústrias do Estado vêm tendo de se reinventar, inovar e a busca por ser cada vez mais competitivas”, frisou.
Fonte: Folha Vitória
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