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Um vazamento de óleo em uma lagoa de Linhares, no Norte do Espírito Santo, deixou os moradores da região preocupados. O óleo do Polo Lagoa Parda atingiu a estrada de Areal e a vegetação ao entorno.
O problema ocorreu na manhã desta terça-feira (15) e foi confirmado pela empresa responsável pelo produto. A Imetame Energia explicou que o vazamento ocorreu por volta das 9h. A operação foi paralisada e o vazamento cessado.
Segundo a empresa, o volume estimado de vazamento é de 5 a 7 m³. A companhia informou que ações estão sendo realizadas com caminhões sugadores e brigada de emergência para conter a dispersão do óleo.
"A empresa Ambipar foi acionada para dar suporte às ações de controle e mitigação. Também está sendo disponibilizado transporte para apoiar a comunidade na realização da travessia na área afetada", explicou a empresa em nota.
A secretaria municipal de Meio Ambiente informou que comunicou o vazamento ao Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), órgão regulador competente.
O Iema disse que, assim que foi acionado pela empresa, mobilizou uma equipe de fiscalização até o local, para avaliar os impactos. A Imetame disse ao ´órgão que interrompeu a produção e que uma empresa contratada está fazendo o resgate do óleo no local.
O que diz a prefeitura
A prefeitura destacou que uma equipe da secretaria de Meio Ambiente acompanha o órgão para fiscalizar se todas as medidas de contenção e coleta do óleo estão sendo adequadamente realizadas pela empresa contratada, para prevenir maiores danos ao meio ambiente.
A equipe da secretaria também deve monitorar locais mais distantes da ocorrência, verificar e acionar a empresa, caso seja necessário, para conter possíveis manchas fugitivas.
A secretaria disse ainda que também deve iniciar os procedimentos administrativos necessários, incluindo a notificação da empresa responsável pelo óleo.
Sindipetro-ES alerta sobre privatização de polos de óleo e gás
O Sindipetro-ES afirmou que já havia feito alertas sobre a privatização de polos da Petrobras no Espírito Santo. O diretor de comunicação do sindicato, Etory Sperandio, explicou que muitas das empresas que estão adquirindo os polos não têm experiência na área.
"O sindicado já vem denunciando as vendas que vem acontecendo no território capixaba, mas não por ser contra a iniciativa privada entrar no setor de óleo e gás, mas porque muitas dessas empresas (que estão comprando) não tem nenhuma experiência no setor, não tem sistema de contenção, não existe brigadas especializadas em casos de derramamento, investimentos em questões de ecologia e sócio-ambientais são pequenos", disse.
Outro fator apontado pelo Sindipetro-ES está na desvalorização dos polos. "Eles são vendidos com valores muito abaixo do que os polos realmente valem. São transações pagas em um ou dois anos de produção", explicou.
Etory lembrou que a Petrobras apoia diversos projetos de proteção ambiental, como o Projeto Tamar e o Baleia Jubarte, o que não ocorre nas empresas privadas.
"Projeto Tamar e Baleia Jubarte, por exemplo, são patrocinados pela Petrobras. Não vemos essa mesma responsabilidade pelas empresas que estão comprando os polos", acrescentou.
Fonte: Folha Vitória