VÍDEOS mostram casal em Guarapari até socorro do jovem que teve parte do intestino arrancado


O crime que terminou com um rapaz, de 20 anos, com a barriga aberta e sem parte do intestino ainda é um mistério para a polícia. Além do jovem, a namorada dele também ficou ferida.

O caso aconteceu na madrugada de 16 de janeiro na Praia do Ermitão, em Guarapari, mas ganhou repercussão nacional no último domingo (30).

Imagens obtidas com exclusividade pela equipe de jornalismo do Cidade Alerta Espírito Santo, da TV Vitória/Record TV, mostram o momento em que o casal chegou ao Parque Morro da Pescaria, onde fica a praia.

VÍDEOS MOSTRAM MOMENTO EM QUE CASAL CHEGOU À PRAIA E QUANDO FORAM SOCORRIDOS. ASSISTA:


O relógio da câmera de segurança marcava 21h01, do dia 15 de janeiro, quando o casal aparece caminhando pela lateral da Praia do Morro, que dá acesso ao parque.

O rapaz e namorada caminham em direção às pedras que dão acesso a uma trilha do parque. A entrada é alternativa e fica fora do portão principal, que estava fechado.

Nas imagens, é possível ver que o rapaz está com uma lanterna e carrega uma mochila nas costas. A jovem segue logo atrás dele.


Cerca de 7 horas depois, a jovem aparece nas imagens pedindo ajuda ao vigia do parque, que não aparece no vídeo devido ao ângulo da câmera. Segundo fontes ouvidas pela reportagem da TV Vitória/Record TV, 10 minutos depois do pedido de socorro, o vigia ligou para a central do parque e informou o ocorrido.


Às 4h26, a menina aparece ao lado do pai. Eles aparentam estar desesperados. O homem fala com alguém ao telefone. Às 4h42, a menina aparece nas imagens sentada em um banco. Ela usa o telefone para ligar para alguém.

Às 5h16, os socorristas do Samu e os bombeiros chegam ao local. O rapaz, que já estava com o corte na barriga e sem parte do intestino, é socorrido. Por volta das 6h, ele é levado de maca para a ambulância.

Após ser atendido pelo Samu, o rapaz foi encaminhado para o Hospital Estadual de Urgência e Emergência de Vitória. Posteriormente, ele foi transferido para um hospital particular, onde permanece internado.

A namorada do rapaz também teve ferimentos. Ela foi levada pelos familiares para um hospital em Anchieta, no Sul do Espírito Santo, e já teve alta.

As imagens são importantes para ajudar a polícia na investigação do caso.

O QUE SE SABE SOBRE O CRIME NA PRAIA DE GUARAPARI?

O caso aconteceu na madrugada de 16 de janeiro. Segundo o advogado que representa a família, Lécio Machado, o rapaz e namorada foram à praia do Ermitão para um luau. O encontro seria uma despedida, já que o jovem ia viajar para os Estados Unidos.

Nesta segunda-feira (31), o advogado afirmou ao Folha Vitória que o casal tinha feito uso de entorpecente e bebida alcoólica no dia do crime.

"Eles experimentaram uma droga, não posso dizer qual é. Nenhum dos dois tinham experiência com drogas. Eles também ingeriram bebida alcoólica, beberam vinho", disse.

No último domingo (30), o caso começou a ganhar uma grande repercussão nas redes sociais. Diversas especulações surgiram sobre o que teria ocorrido na praia. Uma das versões levantadas afirmava que a namorada do rapaz, que supostamente seria uma estudante de medicina, teria retirado o intestino do jovem enquanto eles estavam drogados.

A versão, no entanto, não é confirmada pela polícia. Machado também negou esta versão.

"Diferente do que circula, eles não são da área da medicina. Ele é da área da tecnologia e ela terminou o ensino médio e está cursando pré-vestibular. É importante destacar que ela também foi vitima, também foi machucada", frisou.

FAMÍLIAS PEDEM PUNIÇÃO PARA RESPONSÁVEIS

Durante a tarde desta segunda, as famílias das vítimas divulgaram uma carta, assinada pelo advogado, em que afirmam que o casal foi "vítima de terceiros ainda não identificados". Os pais do rapaz e da jovem pedem punição aos envolvidos no crime.

"Confiamos nas investigações promovidas pela 5ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Guarapari e esperamos que os responsáveis pelo crime sejam encontrados e punidos".

Ainda segundo a carta, os dois jovens estão se recuperando física e psicologicamente do ocorrido e, por isso, a família preferiu manter, por enquanto, o sigilo sobre o caso.

"Compreensivelmente, as famílias dos jovens, em comum acordo, preferiram manter, até o momento, os fatos sob sigilo, com o único objetivo de preservar a identidade das vítimas e garantir a elas um ambiente adequado para a necessária recomposição emocional e física, dado que inegavelmente sofreram demasiada violência física e psicológica ao serem vítimas do crime, agora tornado público", destacou o advogado na carta.

Foto: Divulgação

O QUE DIZ A POLÍCIA SOBRE O CASO?

Em nota, a Polícia Civil informou que realizou diligências desde o dia em que teve ciência do ocorrido. O caso segue sob investigação, sigilosa, e depoimentos estão sendo realizados.

"No momento correto, informações serão divulgadas à imprensa. A equipe de policiais que atua no caso é de extrema competência e atuará dentro do prazo previsto em lei para elucidação do fato", reforçou.

Durante a manhã desta segunda-feira, a equipe de reportagem da Rede Vitória conversou com o comandante do 10º Batalhão, tenente-coronel Emerson Caus, para saber mais detalhes sobre o caso.

Segundo ele, a Polícia Militar recebeu uma denúncia anônima de que um casal estaria na praia, na madrugada do dia 15 para 16 de janeiro, e um deles teria sido lesionado.

Diante das informações, militares foram até a praia, mas só encontraram uma mochila no chão, com alguns pertences pessoais, além de garrafas quebradas e um material, que seria parte dos órgãos da vítima.

"A mochila foi recolhida e entregue na Delegacia Regional de Guarapari. Continuamos no preventivo para tentar alguma informação nova e às 7h30 chegou a informação de que o Samu havia socorrido o rapaz com um corte na região abdominal", explicou o tenente-coronel.

Caus afirmou ainda que o corte parece ter sido provocado por um caco de vidro, mas ainda não é possível afirmar se foi intencional ou não. Segundo ele, somente as investigações poderão confirmar o que aconteceu de fato.

"Só a investigação vai esclarecer melhor, se eles estariam namorando e em um determinado, por descuido ou acidente, a pessoa acabou se cortando. Parece ser um caco de vidro. Somente a vítima, a pessoa que estava acompanhando ele e a perícia, poderão esclarecer melhor. No momento está estranho, mas no decorrer da investigação será esclarecido", disse o tenente-coronel.

Após ser atendido pelo Samu, o rapaz foi encaminhado para o Hospital Estadual de Urgência e Emergência de Vitória. Posteriormente, ele foi transferido para um hospital particular, onde permanece internado.

Já a menina foi socorrida para um hospital em Anchieta, no Sul do Espírito Santo, e já teve alta.

Fonte: TV Vitória/Record TV


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