Apenas 36,48% das pessoas acima de 18 anos, público apto a receber o reforço, tomaram a dose no país
Vacinação contra a Covid-19 em Uberlândia (MG)Valter de Paula/Secom/PMU
Ao menos 20,8 milhões de idosos já receberam a dose de reforço contra a Covid-19 no Brasil. O índice representa 66,61% das mais de 31,3 milhões de pessoas na terceira idade aptas para receber o reforço. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde na sexta-feira (11) a partir de um levantamento da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Pandemia da Covid-19 (Secovid).
Entre os idosos com idade de 70 a 74 anos, a cobertura vacinal é de cerca de 75%, já na faixa etária de 75 a 79 anos o índice chega a 73,75%, segundo o ministério. Apenas 36,48% das pessoas acima de 18 anos, público apto a receber o reforço, tomaram a dose no país.
Estudo destaca importância do reforço
O Ministério da Saúde autorizou a aplicação da dose de reforço de forma ampla para a população adulta em geral em novembro de 2021. No entanto, muitos brasileiros que já completaram o esquema vacinal inicial não retornaram aos postos de saúde para receber o reforço.
Uma pesquisa encomendada pelo ministério, realizada em parceria com a Universidade de Oxford, apontou como o reforço amplia a imunidade contra a doença. O estudo publicado no periódico The Lancet revelou que a combinação de vacinas de fabricantes diferentes é uma estratégia eficaz para a dose de reforço, especialmente entre a população que recebeu a Coronavac.
De acordo com o estudo, indivíduos que receberam como dose de reforço a vacina da Pfizer, aumentaram em cerca de 152 vezes a produção de anticorpos, 28 dias após a aplicação. Os anticorpos ajudaram a bloquear a entrada do vírus nas células. A elevação foi cerca de 90 vezes maior com a AstraZeneca, de 77 vezes com a Janssen e 12 vezes com a Coronavac.
O Ministério da Saúde recomenda que a dose de reforço seja administrada preferencialmente com o imunizante da Pfizer.
Cenário epidemiológico
Na sexta-feira (11), o Brasil registrou 55.211 casos de Covid-19 e 470 mortes pela doença, segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Com isso, a média móvel de casos caiu e está 47.331 — há um mês, em 11 de fevereiro, o índice estava em 144.240. O número representa uma queda de 67%.
A média móvel de óbitos também caiu e chegou a 472 — em 11 de fevereiro o índice era de 951. Isso representa uma queda de 50%.
Fonte: CNN Brasil