O detento Isaias Amorim Cassimiro, de 21 anos, que morreu durante um ataque a um ônibus na noite desta terça-feira (09), cumpria pena por roubo. O pai do interno disse que esteve com o filho horas antes do crime, e lamentou profundamente o fato. "Era o único filho que eu tinha", disse.
Elias Cassimiro contou que o filho, há três semanas, foi para o regime semiaberto e estava trabalhando no Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases). Ele saia às 4 horas do presídio e ia para o local trabalhar com limpeza e manutenção. Depois, voltava para o presídio às 17 horas. Como ele podia chegar no presídio até às 20 horas, diariamente ele passava na casa do pai.
Ônibus foi cercado por criminosos armados
Isaias saiu para trabalhar nesta terça-feira e, na volta para o presídio, o ônibus que ele estava foi cercado por carros com seis bandidos armados, que atiraram diversas vezes contra o coletivo.
O detento foi atingido pelos disparos e, quando tentava fugir, foi atropelado por um caminhão. Ele estava preso há dois anos e, nesse tempo, a família acompanhava a situação de perto.
Além de Isaias, outro detento foi baleado. O pai da vítima não sabe se o filho era o alvo dos criminosos. Agora, ele deseja respostas da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), já que o crime aconteceu nas imediações do presídio.
"Mataram meu filho ontem. Era o único filho que eu tinha. Eu não sei o porquê. Ele não fez nada. Agora eles têm que tomar providência. Eles liberaram para que ele fosse trabalhar", lamentou o pai.
Segundo informações, no ônibus estavam mais de 50 pessoas, entre detentos e passageiros. No entanto, a Sejus não soube informar o número exato de internos que estavam no coletivo do e que o outro ferido já retornou ao presídio. Segundo o órgão, não houve fuga.
A Polícia Civil informou que o caso segue sob investigação da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Viana. Diligências estão em andamento e detalhes da investigação não serão divulgados por enquanto.
O corpo da vítima foi encaminhado para o Departamento Médico Legal (DML) de Vitória, para ser necropsiado e, posteriormente, liberado para os familiares.
Fonte: TV Vitória / Record TV