Reprodução: twitter - 21.03.2022 Caso de Hunter Biden, filho de Joe Biden, reaviva novas suspeitas |
A guerra na Ucrânia ressuscitou as suspeitas de sonegação de impostos em cima de Hunter Biden, o único filho vivo do primeiro casamento do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Apesar de ter pagado dívidas fiscais de aproximadamente US$ 1 milhão, Hunter ainda é investigado por alguns negócios na Àsia e na Europa, mas principalmente na Ucrânia.
As suspeitas de negócios na Ucrânia vieram à tona quando Joe Biden era vice de Barack Obama. Desde então, apesar de ter limpado seu arquivo com o Tesouro, o que não implica necessariamente que ele será capaz de evitar o processo por essas irregularidades, a guerra fez com que as investigações voltassem a ser assunto.
Segundo informações do jornal The New York Times, o pagamento com o Tesouro não o livra de punições, mas se aplica positivamente nas cabeças dos juízes do lado da absolvição.
Hunter Biden, advogado de 52 anos, formado na Universidade de Yale, protagonizou um escândalo durante a campanha eleitoral de Joe Biden. Na época, o filho do atual presidente tinha um vínculo empregatício com uma empresa de energia da Ucrânia, chamada Burisma, que chegou a lhe pagar US$ 50 mil por mês.
O advogado atuou no conselho de administração da empresa por cinco anos, aceitando o cargo em 2014, quando seu pai era o número dois de Barack Obama.
Em 2018, quando se iniciou uma investigação fiscal com o governo Obama descobriu-se que Hunter teria cometido crimes como fraude fiscal ou lavagem de dinheiro, ou se fez lobby ilegalmente em Washington para uma empresa estrangeira. O escândalo foi abafado com o tempo e, até o momento, ele ainda não foi acusado de nenhum crime.
Ademais, Hunter está envolvido no primeiro processo de impeachment de Donald Trump, em 2019. Esse julgamento político tentou determinar se o magnata e vários altos funcionários de seu governo pressionaram os líderes ucranianos (especialmente o presidente Volodymyr Zelensky) para investigar as atividades de Hunter Biden.
O New York Times publicou um artigo na última quinta-feira que contava como aconteceu a regularização tributária de Hunter Biden e sobre como a investigação do júri federal de Delaware continua.
As informações do NYT dizem: “Pessoas familiarizadas com a investigação disseram que os promotores examinaram e-mails entre Biden, [um de seus associados, Devon] Archer e alguns outros destinatários sobre a Burisma e outras atividades comerciais estrangeiras. Esses e-mails foram obtidos pelo New York Times em arquivos que parecem vir de um laptop abandonado por Biden em Delaware”.
O presidente Joe Biden, no entanto, afirmou essa informação então era "uma campanha de desinformação" orquestrada pelos russos.
O assunto chegou na porta-voz de Biden, Jen Psaki que também faz parte da família. Ela ressaltou que: "Ele (Hunter) não é membro do governo dos EUA".
Na sexta-feira a questionaram de novo e ela brigou com um jornalista do New York Post:
"Ele não é membro do governo dos EUA", repetiu Psaki.
Fonte: iG