No lado esquerdo o sabão em pó falsificado, praticamente todo diluído, em comparação ao produto original, do lado direito, mais denso — Foto: Reprodução/TV Gazeta |
Cerca de 25 mil toneladas de sabão em pó falsificado foram apreendidas no Espírito Santo em uma operação conjunta das polícias Civil capixaba e de Minas Gerais.
As 23 mil caixas do produto falsificado possuíam embalagens da marca Omo e eram distribuídas na Grande Vitória pelo atacarejo Mineirão e pelo supermercado Epa.
Tanto a marca Omo quanto os estabelecimentos são tratados pela investigação como vítimas do esquema de falsificação, até o momento.
De acordo com as autoridades, os produtos falsificados e comercializados em três municípios da Grande Vitória eram dos lotes 42E e 45E, da marca Omo. Confira os locais onde os produtos falsificados foram encontrados:
- Vila Velha: Itapuã, Glória, Nossa Senhora da Penha e Paul
- Vitória: Jardim da Penha
- Cariacica: Jardim América
O titular da Delegacia do Consumidor do Espírito Santo (Decon), delegado Eduardo Passamani, esclareceu que quem levou para casa o produto irregular pode retornar ao estabelecimento para efetuar a troca.
"Apesar de não haver responsabilidade penal das redes ou da marca, o consumidor tem direito a uma reparação civil. Quem comprou o produto irregular pode procurar as redes para efetuar a troca do. Só encontramos [os lotes irregulares] nessas duas redes. Elas pertencem ao mesmo grupo econômico e nós já fizemos contato com o proprietário para que sejam realizadas as trocas", declarou o delegado.
O delegado também conta de que forma o consumidor pode identificar se está levando para casa um produto irregular. A caixa falsificada tem algumas diferenças. O lote, por exemplo, não é tão visível quanto na caixa original.
Se o consumidor passar a unha [nos números de lote da caixa falsificada], pode até notar que é liso e os números podem até sair. Já no original vai acontecer algumas ranhuras, por ser feita via impressão a laser. A caixa falsificada é colada com cola quente, enquanto que a caixa original é lacrado com duas fitas. Por ser fechado de forma errada, ao balançar o produto falso é possível perceber que o produto até vaza", esclareceu Eduardo Passamani.
A polícia ainda tenta identificar o autor ou os autores da falsificação. As investigações da Decon continuam, e até o momento ninguém foi preso.
Em nota, a marca Omo afirmou que "acompanha de perto os casos de falsificação de sabão em pó, dos quais é vítima, em cooperação com as autoridades policiais". Afirmou, também, que os casos suspeitos identificados pelos consumidores podem ser relatados para análise e orientação entrando em contato com o Serviço de Atendimento ao Cliente pelo site ou pelo telefone 0800-707-9977.
Os representantes dos supermercados Epa e atacarejo Mineirão foram procurados, mas não se manifestaram sobre o assunto até o momento
Fonte: G1