Cerca de 2 mil garrafas de cerveja adulteradas foram apreendidas, nesta segunda-feira (13), em um galpão no bairro Novo México, em Vila Velha. Outras 30 mil garrafas também teriam o mesmo destino. Todo o material foi apreendido e oito pessoas acabaram presas.
De acordo com a polícia, a quadrilha é do Tocantins e era liderada por duas pessoas do Rio de Janeiro. As investigações apontam que o grupo comprava uma cerveja em Londrina, no Paraná, por R$ 1,20, e trocava o rótulo e a tampa por de outra marca. As cervejas falsificadas eram revendidas por valor cinco vezes maior.
Após a apreensão, muitos consumidores se perguntam como saber se foram vítimas da quadrilha e o que devem fazer para rever os prejuízos. Segundo a polícia, é preciso ficar atendo a alguns indícios:
Valor abaixo do mercado
Como a bebida era comprada por R$ 1,20, ela pode ser comercializada com um valor inferior ao preço de mercado que, mesmo assim, os criminosos terão lucros. Essa é uma das estratégias adotadas para atrair os consumidores.
Gosto ou cheiro diferentes do que o de costume
Para as pessoas que já tenham o costume de consumir o produto de determina marca, possivelmente será mais fácil identificar alterações no gosto e no cheiro do produto. Em caso de desconfiança, a recomendação da polícia é procurar a Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor.
O que fazer se foi vítima da fraude?
O advogado que atua em casos de Defesa do Consumidor, Victor Marques, explica que quem foi lesado deve procurar o estabelecimento onde adquiriu a bebida. Os bares e distribuidoras, de acordo com o especialista, têm a obrigação de reparar os possíveis danos caso o produto ainda não tenha sido consumido.
"A pessoa deve buscar, em primeiro lugar, o estabelecimento para, caso ele ainda não tenha consumido a bebida, devolver e ter o dinheiro de volta", disse.
Ainda de acordo com o advogado, caso o consumidor já tenha ingerido o produto, pode procurar os órgãos de defesa do consumidor.
"Caso já tenha consumido, a pessoa deve buscar os órgãos de defesa do consumidor, como o Procon, e até mesmo buscar o judiciário", acrescentou.
Cerveja falsificada traz riscos para saúde
Além de pagar a mais por um produto inferior, há um risco de contaminação. O galpão onde eram armazenados os produtos adulterados e o processo manual de mudança da embalagem não tinham, segundo a polícia, controle sanitário.
O médico gastrocirurgião e nutrólogo, Paulo Mansur, explica os riscos que a falsificação oferece para a saúde dos consumidores.
"É extremamente comum que esta bebidas adulteradas tenham sido feitas com metanol. Isso é muito perigoso para a nossa saúde. Pode causar desde uma ressaca pior que o comum, alterações hepáticas e até a morte", pontuou.
>> SOBRE O ASSUNTO: Cerveja falsificada: 2 mil garrafas prontas para venda são apreendidas no ES; VÍDEO
Fonte: TV Vitória/Record TV.
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