Um homem identificado como Reginaldo Avelar Porto, de 38 anos, morreu após ser baleado por um tiro de fuzil na Avenida Marechal Rondon, Zona Norte do Rio. Segundo a Polícia Militar, o agente da UPP São João tentava separar uma briga em um lava-jato quando a arma disparou acidentalmente. O homem atingido foi socorrido ao Hospital Municipal Salgado Filho, onde veio a óbito.
Após o episódio, moradores da região realizam um protesto na Avenida Marechal Rondon. De acordo com o Centro de Operações do Rio, a via está interditada na altura da rua Souto Carvalho.
O caso será investigado pela Delegacia de Homicídios e o corpo passará por uma necrópsia. Segundo um familiar, que pede para não ser identificado, Reginaldo trabalhava como caseiro durante a semana era acompanhante de idosos, voltando para casa apenas na sexta-feira. Ele deixa um filho de 14 anos.
— O que sei até agora é que ele foi separar uma briga. O policial também foi, a arma dele disparou e acertou no peito do meu irmão. Ele saiu para trabalhar, deixou um filho em casa e acontece uma coisas dessas? É revoltante. Não acredito em um acidente pegando o tiro no peito de uma pessoa.
Familiares ainda reclamam da falta de apoio do governo estadual. Segundo a família de Reginaldo, até o momento apenas a Comissão de Direitos Humanos da OAB prestou auxilio:
— É um descaso total com a gente. A família está destruída. Tiraram mais um da nossa família, um trabalhador, é inadmissível.
De acordo com Vanessa Figueiredo Lima, advogada da Comissão de Direitos Humanos da OAB, a família agora busca saber o que ocorreu com Reginaldo.
— A família acredita que atiraram diretamente no Reginaldo, mas vamos apurar no local o que aconteceu. A Polícia Militar ainda não entrou em contato conosco. A investigação cabe à polícia civil e esperamos que a família encontre respostas já que há uma divergência entre os relatos do local e nota da Polícia Militar — diz.
Fonte: Extra