Autópsia em segredo e 12 mil remédios: os mistérios que ainda cercam a morte de Elvis

Elvis Presley, quando atuou no filme "Feitiço havaiano" Reprodução

Já são quase 45 anos desde aquele 16 de agosto de 1977, quando o mundo soube da morte de Elvis Presley. O corpo do cantor, que tinha apenas 42 anos, foi encontrado num banheiro em Graceland, mansão em Menphis, no Tennessee, onde ele vivia. Na ocasião, foi dito apenas que o "Rei do Rock" — que teve sua história contada numa cinebiografia que será lançada nesta quinta-feira nos cinemas brasileiros — havia desmaiado e morrido.

E, até hoje, os mistérios em torno da morte de Elvis continuam. A causa da morte foi rapidamente informada como sendo parada cardíaca sem relação com abuso de entorpecentes. À época, médicos e imprensa estranharam o que julgaram ser "pressa" nesse anúncio, julgado incompleto por alguns.

Além disso, sem dar explicações, a família dele colocou a autópsia em segredo durante 50 anos — o acesso às informações contidas no documento só poderá ser feito em 2027. Mas mesma assim, sabe-se que o exame revelou o uso de substâncias, entre elas Quualudes (sedativo), Percodan (forte analgésico), Demerol (analgésico) , Codeine (opioide usado no tratamento da dor) e Dialaudid (opioide usado no tratamento da dor).

O abuso de drogas por parte de Elvis e sua luta contra o vício foram revelados pela ex-companheira do cantor, Linda Thompson, em autobiografia lançada em 2016. Ela contou que o "Rei do Rock" tomava pílulas para dormir, para despertar e para ter energia durante os shows.

Outra informação que também se tornou pública foi de que o coração do "Rei do Rock" estava inchado, com o dobro do tamanho, e ele estava com uma doença cardiovascular já em estado avançado. O cantor tinha fezes de pelo menos quatro meses no intestino e, apesar de nunca ter sido fumante, tinha enfisema pulmonar e uma grande dificuldade para respirar.

Em 1980, a revista People revelou que, nos 20 meses que antecederam a morte de Elvis, foram prescritos para ele 12 mil medicamentos. O médico responsável pela indicação teve a licença cassada. Na ocasião, vieram à tona os casos de outros 19 pacientes do Doutor Nick, como era conhecido, que também receberam prescrições com exageros.

Últimos momentos

Ao longo dos anos, Elvis começou a engordar e, aos 40, pesava 160 quilos. De acordo com o Daily Star, os efeitos do uso dos medicamentos já haviam começado a aparecer em 1973, quando o cantor se divorciou de Priscilla, sua primeira esposa. Em 1977, ele já não conseguia sair da cama. Ele se recusava a tomar banho e, por isso, seu corpo começou a apresentar feridas.

Em sua autobiografia, Linda Thompson contou que durante seu relacionamento com Elvis, entre 1972 e 1976, o encontrou em "circunstâncias mortalmente comprometedoras". Ela afirmou que salvou a vida do cantor mais de uma vez. Outra revelação feita por Linda foi a de que a filha deles, Lisa, que na época tinha apenas 9 anos, foi quem a avisou sobre a morte do pai.

'Não morreu'

Além de todos os mistérios sobre a morte do "Rei do Rock", há uma teoria da conspiração criada por pessoas que acreditam que Elvis está vivo. Fãs alegaram, logo após o enterro ocorrido em Graceland, que haviam visto o ídolo. Uma mulher chegou a afirmar que havia recebido um telefonema de Elvis.

Alguns acreditam que o cantor tenha deixado os Estados Unidos e passado a viver incógnito em outros país. Um dos citados é a Argentina, onde ele teria adotado o nome John Burrows.

Fonte: O Globo

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