Permissionários, Flamengo e Fluminense justificam que jogo causaria danos ao gramado. Landim justifica: "Objetivo não é de forma alguma impedir o Vasco de jogar
Foto: André Durão / ge- Jogadores do Vasco agradecem pelo apoio da torcida no Maracanã depois do jogo contra o Sport
Por volta de 11h30 desta terça, pouco antes do prazo final (meio dia), o CEO do Consórcio do Maracanã, Severiano Braga, respondeu com uma negativa o pedido do Vasco. Mais uma vez, a as condições do gramado foram a justificativa para negativa.
A informação de que o consórcio negou o pedido do Vasco foi publicada primeiramente pelo portal "Jogada10" e, em seguida confirmada pelo ge.
Flamengo e Fluminense alegam que priorizam a qualidade do gramado e a saúde dos jogadores. Por isso saíram para jogar em Brasília e Volta Redonda, respectivamente. Os clubes entendem que não teria problema caso o Vasco jogasse em outra data. Foi oferecido, por exemplo, o dia 31 de agosto, além de outras duas datas, caso Flamengo ou Fluminense fossem eliminados de algumas competição. Mas a prioridade, segundo o Flamengo, tem que ser dos permissionários.
O Vasco, por sua vez, pretende tomar medidas cabíveis e deve recorrer à Justiça para obter uma liminar, como ocorreu no jogo contra o Sport, é a principal alternativa. O clube entende que o rival não lhe deixou outra alternativa e lamenta pela falta de diálogo.
Na semana passada, Jorge Salgado, presidente vascaíno, agendou uma reunião com Rodolfo Landim, presidente do Vasco, para apresentá-lo aos executivos da 777 Partners e tentar resolver o imbróglio envolvendo o Maracanã. O encontro acabou não acontecendo por um problema na agenda de Landim, mas a diretoria cruz-maltina levou ao Fla o desejo de mandar o jogo contra a Chape no estádio.
A proposta do Vasco era levar para o Maracanã a partida contra a Chape e outras duas: uma no meio do meio do segundo turno da Série B (a definir) e contra o Criciúma, pela 36ª rodada.
Landim: "Objetivo não é impedir o Vasco"
Presidente do Flamengo, Rodolfo Landim falou sobre o assunto na tarde desta terça, durante a reunião da comissão de arbitragem realizada na sede da CBF, no Rio. Ele reafirmou que a negativa ao Vasco se dá apenas por questões técnicas.
- Isso não é comigo, é com o Consórcio Maracanã. Mas o Consórcio nos ouve a respeito desse assunto. Já conversamos ontem sobre isso, eu, o Mário (Bittencourt, presidente do Fluminense) e o Consórcio. Temos uma posição técnica muito clara. Recebemos relatórios que comprovam que dois jogos seguidos, um dia após o outro, estragam profundamente o gramado. Por causa disso recebemos a recomendação de tirar algumas partidas recentes do Maracanã. Não conseguimos tirar imediatamente porque já tínhamos ingressos vendidos, mas tiramos assim que possível. Paramos por 10 dias para recuperar o gramado. Temos um princípio técnico por orientação dos agrônomos que cuidam do Maracanã de que é altamente danoso ter dois jogos seguidos. Essa foi a razão pela qual eles disseram ontem para nós que iriam negar o pleito do Vasco. Porém abrindo a oportunidade do Vasco jogar em outras datas - explicou o cartola rubro-negro.
- Acho que o Vasco tem um jogo dia 31/8 contra o Guarani. Seria uma semana sem jogos no Maracanã, já abrimos essa possibilidade ao Vasco. E eventualmente teremos que avaliar a evolução de Flamengo e Fluminense na Copa do Brasil, Brasileiro, Libertadores... Se deixarmos de jogar no Maracanã, certamente, naquele meio de samana, estará aberto ao Vasco. Nosso objetivo não é de forma alguma impedir o Vasco de jogar. Nós apenas, como concessionários, gostaríamos de ter prioridade para poder jogar no Maracanã - acrescentou, que respondeu também sobre a possibilidade de o caso ser judicializado:
- Essa questão de Justiça não é comigo, o Vasco vai fazer o que ele quiser.
- Essa questão de Justiça não é comigo, o Vasco vai fazer o que ele quiser.