Crianças infectadas por varíola dos macacos têm entre 4 e 6 anos

Varíola dos macacos é semelhante à varíola que já foi erradicada, mas menos severa e menos infecciosa — Foto: Science Photo Library


A Prefeitura de São Paulo confirmou, na noite desta quinta-feira (28), três casos de monkeypox, a varíola dos macacos, em crianças. Se tratam de duas meninas de seis anos de idade e um menino de quatro anos. Esses são os primeiros casos registrados em crianças na capital.

Segundo o secretário municipal de Saúde, Luiz Carlos Zamarco, os menores apresentaram bolhas na pele (vesículas), dilatação nos gânglios e febre. Todos estão em suas residências, sendo monitorados.

Pela investigação já realizada pelas secretarias estadual e municipal da Saúde, uma das meninas teve contato com um parente que estava com a doença. Já os outros dois casos seguem sob análise para verificação da origem das infecções.

No estado, também houve o diagnóstico de três adolescentes, de 13 e 14 anos, com a varíola dos macacos. Dois são residentes da capital e um de Osasco, na Grande SP. De acordo com o secretário de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde do estado, David Uip, a origem epidemiológica desses casos segue em investigação.

Até esta quinta-feira (28), o estado de São Paulo registrava 818 casos diagnosticados de monkeypox, 672 deles só na Grande SP.

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Uma das explicações médicas para a doença ter se espalhado com tanta rapidez é que, em muitos casos, os sintomas têm sido discretos. Algumas pessoas apresentam, por exemplo, poucas lesões na pele e não se isolam, como é recomendado.

A líder técnica da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o controle da doença, Rosamund Lewis, disse que a situação brasileira é muito preocupante e que é importante que as autoridades tomem conhecimento da emergência de saúde pública de interesse internacional e tomem as medidas adequadas.

Uma das principais ações de combate é conseguir a vacina que garante proteção de 80% contra o vírus, que está sendo fabricada na Dinamarca. O governo do estado já informou que pretende comprar doses ou até produzi-las no Instituto Butantan.

Neste momento, a OMS não recomenda a vacinação em massa, mas a aplicação de doses em pessoas que foram expostas ao vírus ou a grupos que estejam em risco maior, como profissionais da saúde.


Da Redação com G1


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