Em vídeo, França afirma que mantém palavra de que iria apoiar candidatura de seu campo político que estivesse à frente nas pesquisas e que 'é a hora de defender, antes de tudo, a democracia'.
Márcio França (PSB) afirmou nesta sexta-feira (8) que desistiu de ser candidato a governador do estado de São Paulo.
PT e PSB tentavam costurar uma candidatura única para o estado de São Paulo, no contexto da aliança nacional que escolheu Geraldo Alckmin (PSB) como vice na chapa Lula (PT) à Presidência da República. Mas antes, tanto Haddad quanto França sinalizavam que não abririam mão da disputa pelo cargo.
Nas últimas eleições, em 2018, França ficou em segundo lugar e perdeu para João Doria (PSDB) pela menor margem de votos na história de São Paulo. Doria obteve 51,75% dos votos válidos contra 48,25% de França.
Em vídeo divulgado em suas redes sociais nesta sexta, França, que já foi governador do estado, afirma que tinha se comprometido a apoiar o candidato que estivesse mais bem colocado nas pesquisas ao ao governo. Assista acima.
"Por isso eu decidi apoiar agora a candidatura do Fernando Haddad para governador, ele reuniu essas funções e está à frente nas pesquisas", afirmou. "Fernando, vai você, vamos juntos."
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O ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB), em foto de março. — Foto: ANTONIO MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Segundo a pesquisa do instituto Datafolha mais recente, divulgada no dia 30 pelo jornal "Folha de S.Paulo", o pré-candidato do PT ao estado, Fernando Haddad, lidera a disputa com 28% das intenções de voto. França aparecia com 16%. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
"Há tempos atrás eu prometi, foi muito difícil, mas eu me comprometi que quem estivesse à frente nas pesquisas poderia ser o candidato do nosso campo político. E aqui tem palavra, você sabe disso. É por isso eu decidi apoiar agora a candidatura do Fernando Haddad para governador, ele reuniu essas condições e está à frente nas pesquisas", afirma França no vídeo.
"E é a hora de defender, antes de tudo, a democracia. Nessa situação de emergência, temos de pensar em todos e não em projetos pessoais. Ou juntos mudamos o comando do país e tiramos o governo que está aí ou a fome vai entrar dentro da casa das pessoas. Isso quando a casa não se tornar a rua, a praça e o viaduto."
Apesar de não citar, no vídeo, se irá se lançar ao Senado, o ex-governador afirmou, nesta sexta, em entrevista à CNN Brasil, que concorrerá a uma vaga na Casa na chapa encabeçada por Haddad.
Neste sábado (9), em evento do PT em Diadema, no ABC Paulista, ao lado de Lula, Geraldo Alckmin (PSB) e Haddad, França deve ser anunciado oficialmente como o pré-candidato ao Senado da chapa.
Fonte: G1
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