Montanha-russa quebra, gera pânico e pessoas precisam ser resgatadas

Montanha russa quebrou em São Vicente, gerou pânico e pessoas precisaram ser resgatadas — Foto: Fernanda Trigueiros/Arquivo Pessoal


Um parque de diversões com toques de 'noite do terror'. Ao menos foi essa a sensação de quem acompanhou o resgate de quatro pessoas presas em um carrinho de montanha-russa, que parou de funcionar na noite de sábado (9), no parque Divertland, na Praia do Itararé, em São Vicente, litoral de São Paulo. A reportagem teve acesso neste domingo (10) às imagens do resgate, que, inclusive, foi realizado por profissionais sem equipamentos de segurança. Ninguém ficou ferido.

A jornalista Fernanda Trigueiros contou que estava no local e filmou toda a ação. Segundo ela, não houve queda de luz que justificasse a parada repentina do carrinho da montanha russa. “A gente estava lá e, de repente, o carrinho parou. Os moços subiram, tentaram empurrar, e ele andou um pouquinho. Aí, parou de novo”, relata.

Segundo ela, chamou a atenção a falta de equipamentos de segurança ou mesmo um atendimento especializado para retirar as pessoas do carrinho. “O carrinho ficou lá e ninguém soube o que fazer. Vieram três rapazes do parque mesmo, e empurravam daqui e dali. Só que o trilho é vazado, oferecendo um risco enorme. Eles empurrando, andando de chinelo, lá no alto e o carrinho não ia. E poderia ser pior, ele [carrinho] poderia voltar e passar por cima dessas pessoas”, contou Fernanda.

Uma amiga da jornalista foi até uma pessoa, identificada como coordenador do parque, e relatou o que acontecia. Segundo ela, a resposta foi a indiferença. “Ele teria dito: ‘Não é comigo’. Não tinha seguranças, bombeiros, nada. E os caras lá em cima, pendurados”, descreveu.

Foi quando uma corda, puxada por um carro, foi utilizada para movimentar o carrinho e permitir a movimentação do carrinho. Mesmo assim, de acordo com Fernanda, a corda esticou tanto que havia o risco dela romper, o que não aconteceu.

“Ainda bem que não havia crianças ou alguém mais sensível, que acabasse se desesperando. O carro ajudou. No final, todo mundo bateu palma para os funcionários, que correram riscos. Subiram se pendurando pela estrutura. Ficou realmente muito feio”, narrou. “As pessoas resgatando o carrinho com a maior boa vontade, mas sem a menor condição”, complementou.

Prefeitura

Em nota, a Prefeitura de São Vicente informou, por meio da Secretaria de Turismo (Setur), que, “de acordo com os proprietários do Parque Divertland, a montanha-russa estava passando por um teste de carga e lubrificação e, no momento em que parou, eram funcionários que estavam no brinquedo, e não visitantes”.

“A Administração ainda informa que todos os laudos e documentação que autorizam o funcionamento do Parque estão em dia, inclusive o do Corpo de Bombeiros”, complementou em nota.

O que diz o parque?

Otávio Lara Castro, coordenador geral do evento, também afirmou que não ocorreu resgate de pessoas, mas um teste dos equipamentos com funcionários do parque. “Aquelas pessoas que estavam lá eram funcionários nossos. Colocamos os mais pesados [para fazer o teste]”.

Segundo ele, cerca de 70% dos funcionários do parque possuem curso de brigadista do Corpo de Bombeiros. “Aquilo é um procedimento normal. Hoje, para você ver como são as coisas: hoje, mandei lubrificar tudo”, explicou. “O parque estava aberto, mas a montanha, não. Tanto que, um tempo depois, colocamos para funcionar e vendemos 1.231 ingressos”.

“Se houvesse um problema, eu iria chamar os Bombeiros, tirar com escada Magirus, como é em qualquer lugar. Foi isso que aconteceu. O parque tem todas as licenças mecânica, hidráulica, de tudo o que pensar. São Vicente é muito rígida nesse aspecto”, sustentou.

Fonte: G1


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