Urnas eletrônicas e a Petrobras | Divulgação/TSE e Pedro Kirilos/Ag. O Globo |
A Petrobras não quer ceder os seus funcionários de áreas operacionais para trabalharem nas eleições deste ano como mesários e em outras funções — mesmo aqueles que já tinham sido chamados pela Justiça Eleitoral.
Num ofício de quatro páginas encaminhado às zonas eleitorais, a Gerência Setorial de Relacionamento com o Governo e Entidades Externas da Petrobras pediu a anulação da convocação de diversos empregados. E sugeriu que, se a Justiça Eleitoral tiver que fazê-lo, que chame aqueles que trabalham em áreas administrativas.
Entre as alegações para não ceder os seus funcionários, a estatal elencou riscos de desabastecimento de derivados de petróleo, além do pagamento de horas extras e folgas:
"A convocação de empregados de áreas operacionais pode ocasionar a descontinuidade ou redução na operação das unidades da companhia, afetando não só a produção como também a sua disponibilidade de derivados no mercado; incremento do risco operacional; impossibilidade de recomposição da equipe na jornada anterior e no domingo das eleições; além de importar em custos com o pagamento de horas extras em razão da necessidade de ampliar a jornada dos empregados não convocados durante o dia da eleição e no gozo das folgas legais".
No pedido, a Petrobras argumentou que "a convocação de grande quantitativo de profissionais que atuam em áreas operacionais, em regime de turno, vem trazendo impactos negativos às atividades desenvolvidas pela empresa.". E continuou:
"Trata-se de empregados especializados que trabalham em refinarias, unidades termoelétricas, plataformas e outras atividades operacionais com horários diferenciados, de 12 ou 8 horas, com escalas definidas."
De acordo com a Petrobras, desde a eleição de 2020 "1.927 empregados solicitaram afastamento em razão do serviço eleitoral, dentre eles cerca de 1.004 empregados lotados em área operacional".
Fonte: O Globo