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Interrompidas durante dois anos de pandemia, as touradas voltaram a acontecer na Espanha -- e seus acidentes trágicos também. Em menos de 24 horas, três pessoas morreram de forma agonizante após serem atingidas pelos animais durante festivais de corrida de touros.
Nesses eventos, touros de briga atiçados são soltos pelas ruas enquanto grupos de corredores tentam escapar das chifradas. Nem sempre termina bem. Em menos de 24 horas, hospitais da região confirmaram o falecimento de três homens que haviam sido internados com ferimentos graves após participarem das festas tradicionais em diferentes localidades.
Na cidade de Picassent, um dos moradores, de 56 anos, foi submetido à unidade de terapia intensiva por um traumatismo craniano e perfurações no corpo, mas não resistiu e veio à óbito na quarta-feira (20). Poucas horas antes, um homem de 50 anos havia morrido em outro hospital em decorrência de ferimentos da chifrada que levou na cidade de Meliana, a 40 minutos de Picassent. Ele teve sete costelas quebradas e uma perfuração profunda no pulmão que causou hemorragia intensa.
Outro participante de tourada, de 64 anos, morreu após passar nove dias internado pelos ferimentos e traumatismos sofrido na corrida de touros de rua de Pedreguer. Além desses casos fatais, há relatos de outros participantes atingidos, mas que não correm risco de morte.
Ao menos 478 pessoas ficaram feridas nos eventos deste ano, segundo a agência Reuters. Para além do perigo que esse eventos representam para os humanos, grupos de defesa dos animais criticam as touradas, que normalmente terminam com a morte dos bovinos na arena e nas ruas.
Em junho, a justiça mexicana determinou a suspensão das touradas na Monumental Praça de Touros da Cidade do México, a maior arena do tipo no mundo. Na decisão, que ainda não é definitiva, o juíz declarou que “a sociedade está interessada no respeito à integridade física e emocional de todos os animais porque são seres vivos que fazem parte dos ecossistemas".
Fonte: Um só Planeta