Arqueólogos da Romênia acham túmulo de 4, 5 mil a.C. cheio de anéis de ouro

Sepultura que contém também contas de osso e pulseira de cobre pertenceu a mulher da elite da Idade do Cobre, conforme sugerem escavações no local de enterro

Artefatos encontrados junto de restos de mulher da antiga cultura Tiszapolgár da Idade do Cobre (Foto: Muzeul Ţării Crişurilor/Facebook/Reprodução)

No túmulo de uma mulher da Idade do Cobre na Romênia, arqueólogos descobriram uma coleção de 170 joias de ouro, além de 800 contas de osso e ainda uma pulseira de cobre. Os achados foram divulgados no Facebook em 13 de agosto pelo Museu Ţării Crişurilor, na cidade de Oradea.

As escavações começaram no final de março de 2022 e acabaram em 25 de junho, de acordo com publicação do museu. Os artefatos de ouro, escavados entre duas estradas romenas, incluíam 169 anéis e duas contas feitas do material precioso. É a primeira vez que tanto ouro é encontrado em um único enterro da época na Europa.

Joia descoberta em túmulo de mulher na Romênia (Foto: Muzeul Ţării Crişurilor/Facebook/Reprodução)

De acordo com a agência de notícias romena Agerpres, os anéis foram exibidos como principal descoberta em vídeo durante uma coletiva de imprensa do museu, onde foram expostas também as contas de osso. O tesouro só poderá ser apresentado a visitantes após passar por testes de datação por radiocarbono, análise de DNA e pesquisa antropológica.

Segundo o arqueólogo Dr. Călin Ghemiş, coordenador da escavação, o ouro é a descoberta mais importante do ponto de vista arqueológico e patrimonial. Para ele, o achado é “extremamente rico considerando o período da Idade do Cobre", sendo estimado em torno do ano 4,5 mil a.C.

Artefato de ouro da Idade do Cobre recuperado de túmulo de mulher perto da cidade de Biharia, na Romênia (Foto: Muzeul Ţării Crişurilor/Facebook/Reprodução)

Artefato de ouro da Idade do Cobre recuperado de túmulo de mulher perto da cidade de Biharia, na Romênia (Foto: Muzeul Ţării Crişurilor/Facebook/Reprodução)

“Os anéis de ouro estão em processo de limpeza em laboratório e pesam mais de 200 gramas”, afirma Ghemis. “É ouro de aluvião, obtido da areia por lavagem, pois era usado na pré-história”.

Para Gabriel Moisa, diretor da instituição, a descoberta é impressionante. "Tal tesouro não existe mais na Europa Central e Oriental. É um assunto muito estranho porque o ouro acabava de ser descoberto no Eneolítico”, ele observa, acrescentando que o túmulo parece ter pertencido a uma mulher extremamente rica.

Segundo o portal Ancient Origins, Moisa observa que a cobiça por ouro é sinal de quanto o metal precioso tem sido valorizado na sociedade. Além disso, o status da falecida rodeada dos anéis dourados é "impressionante" e a boa condição de seus dentes sugerem que ela era da elite.

A mulher vinha da cultura Tiszapolgár, que dominou várias partes da Europa na época da Idade do Cobre, incluindo a Grande Planície Húngara, Banat, Transilvânia, Eslováquia Oriental e partes da Ucrânia.

Fonte: GALILEU



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