Dom Leonardo Steiner, arcebispo da Amazônia, e Dom Paulo Cezar Costa, da arquidiocese de Brasília, participaram do evento e receberam o título.
Novos cardeais se sentam após assumirem o cargo durante evento no Vaticano neste sábado, 27 de agosto de 2022 — Foto: Remo Casilli/REUTERS |
20 novos cardeais, convocados pelo Papa Francisco, tomaram posse do cargo neste sábado (27) durante evento na Basílica de São Pedro.
Entre os 20 novos membros do alto colegiado estão dois brasileiros. São eles: Dom Leonardo Steiner, arcebispo da Amazônia, e Dom Paulo Cezar Costa, da arquidiocese de Brasília.
O pontífice de 85 anos convocou todos os cardeais do mundo para uma reunião inédita de dois dias, que acontecerá após a posse dos novos cardeais, a partir das 16h (11h de Brasília) de sábado na Basílica de São Pedro no Vaticano.
A reunião provocou muitas especulações, em particular sobre o estado de saúde do papa, que passou por uma cirurgia no cólon em 2021 e sofre com dores no joelho direito que o obrigam a usar uma cadeira de rodas.
Francisco não descartou a possibilidade de renunciar diante das dificuldades de saúde, como admitiu no fim de julho aos jornalistas que acompanharam sua viagem ao Canadá.
Dom Leonardo Steiner
Cardeal brasileiro, Leonardo Steiner, recebendo sua promoção ao cargo — Foto: Remo Casilli/REUTERS
Anunciado pelo Papa Francisco como novo cardeal da Igreja Católica em maio deste ano, o arcebispo de Manaus, Dom Leonardo Steiner, é o primeiro cardeal da Amazônia brasileira.
Dom Leonardo Ulrich Steiner tomou posse como arcebispo de Manaus em janeiro de 2020. Ele assumiu o cargo ocupado por Dom Sergio Castriani desde 2013. Até então, Steiner atuava como chefe da igreja local e atuava como bispo auxiliar de Brasília.
Além disso, Dom Leonardo já foi duas vezes secretário-geral da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
O cardeal nasceu em 6 de novembro de 1950 em Forquilhinha, Estado de Santa Catarina, na Diocese de Criciúma (Brasil). Fez sua profissão religiosa na Ordem dos Frades Menores em 2 de agosto de 1976 e foi ordenado sacerdote em 21 de janeiro de 1978.
Estudou Filosofia e Teologia nos Franciscanos de Petrópolis; é bacharel em Filosofia e Pedagogia pela Faculdade Salesiana de Lorena. Obteve a licenciatura e o doutorado em Filosofia na Pontifícia Universidade Antonianum de Roma.
Dom Paulo Cezar Costa
Cardeal brasileiro, Paulo Cezar Costa, recebendo sua promoção ao cargo — Foto: Remo Casilli/REUTERS
Dom Paulo Cezar Costa, da Arquidiocese de Brasília, foi alçado ao cargo de cardeal na mesma data de Leonardo Steiner. Antes disso foi Arcebispo de Brasília entre dezembro de 2020 até maio deste ano.
Dom Paulo Cezar Costa nasceu em Valença, no estado do Rio de Janeiro, em 20 de julho de 1967.
De acordo com Dom Paulo Cezar Costa, os cardeais tem a missão de servir ao povo de Deus, ajudando o Papa no governo da igreja.
"E é aquilo que o Papa pede de mim, e eu vou buscar fazer com alegria, servir com alegria, olhando para Jesus Cristo, o grande servidor. Buscar servir com alegria ao povo de Deus. Continuar servindo com a alegria a nossa amada arquidiocese e servir o Papa no governo da igreja por aquilo que ele pedir, aquilo que ele solicitar", disse.
O cardeal tem graduação em teologia pelo Instituto Superior de Teologia da Arquidiocese do Rio de Janeiro (1991), mestrado em teologia pela Pontifícia Universitas Gregoriana (1998) e doutorado em teologia pela Pontifícia Universitas Gregoriana (2001). Dom Paulo Cezar Costa foi ordenado presbítero aos 25 anos, quando foi vigário paroquial na Paróquia de São Pedro e São Paulo, no município de Paraíba do Sul.
Em 2010, foi nomeado pelo Papa Bento XVI como Bispo-Auxiliar da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro. Em junho de 2011, teve seu nome divulgado como membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé da CNBB. Na realização da Jornada Mundial da Juventude, em 2013, Dom Paulo Cezar Costa atuou como Diretor Administrativo.
Em 2016, foi nomeado 7º bispo da Diocese de São Carlos pelo Papa Francisco. Posteriormente, foi nomeado arcebispo da Arquidiocese de Brasília, em 2020.
Fonte: G1