Cartório de Itapemirim foi incendiado para ocultar fraude em cidadania italiana, diz polícia

Fogo destruiu cartório em Itapemirim, ES — Foto: Reprodução/TV Gazeta

O cartório de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, foi incendiado para ocultar fraude em cidadania italiana, de acordo com as investigações da Polícia Civil. A informação foi divulgada nesta terça-feira (27).

O cartório foi incendiado no dia 4 de maio deste ano, dois dias depois de uma primeira tentativa de incêndio. Na época, a polícia já havia dito que o incêndio era criminoso e que o objetivo era destruir documentos que estavam dentro do cartório.

Entre os suspeitos estão um empresário goiano que mora em Bruxelas, na Bélgica, e o ex-tabelião do cartório, um homem de 62 anos que foi preso na última quinta-feira (22), no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, enquanto tentava embarcar para a Inglaterra.

De acordo com a polícia, o objetivo dos dois era tentar encobrir provas de que a documentação que garantia a cidadania italiana do empresário era fraudada. O empresário teria contratado o tabelião para garantir a cidadania italiana.

No entanto, quando o pedido chegou ao consulado italiano, o consulado pediu o documento original usado para uma autenticação. O empresário teria então contratado mais duas pessoas para executar o incêndio criminoso.

“O mandante contratou dois homens de Goiana para incendiar o cartório, com o intuito de que a fraude não fosse constatada”, contou o titular da Delegacia de Regional de Itapemirim, delegado Djalma Pereira.

Além do ex-tabelião, outros dois suspeitos foram presos. Eles foram detidos no dia no dia 11 de junho, em Goiás, mas não tiveram a identidade revelada pela polícia.

O inquérito policial sobre o caso foi concluído e encaminhado à Justiça. Os dois homens e o antigo tabelião foram indiciados pelo crime de incêndio qualificado. O ex-tabelião também foi indiciado pelo crime de falsificação de documento e peculato.

O mandante foi indiciado por ter ordenado o crime. Até a última atualização, o empresário goiano que mora em Bruxelas seguia foragido.

A polícia procurava mais pessoas que teriam se beneficiado dessa operação.

Fonte: G1


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