Obra de Frida Kahlo é 'queimada' por empresário de Miami Foto: Reprodução/YouTube |
Um milionário de Miami (Flórida, EUA) que alegou ter queimado uma obra avaliada em US$ 10 milhões (R$ 53,8 milhões) da renomada pintora mexicano Frida Kahlo como parte de um lançamento de NFT (token não fungível) está agora sendo investigado pelo Instituto Nacional de Belas Artes e Literatura do México, de acordo com o "NY Post".
O empresário Martin Mobarak foi filmado aparentemente incendiando o pequeno e colorido desenho de Kahlo em um evento em julho, em uma ação que pretendia promover sua venda de versões digitais da obra rara, considerada um tesouro nacional no México.
"Espero que todos aqui possam entender, espero que todos possam ver o lado positivo", disse ele antes de remover o que parecia ser um desenho, conhecido como "Fantasmas Sinistros", de sua moldura e incendiá-lo em uma taça de martini com combustível. O vídeo do evento mostra a imagem consumida pelas chamas enquanto uma pequena multidão aplaude.
Obra de Frida Kahlo é 'queimada' por empresário de Miami Foto: Reprodução/Twitter |
O evento foi idealizado para promover a venda de 10 mil cópias NFT exclusivas de "Fantasmas Sinistros" pelo seu mais recente empreendimento, Frida.NFT. No seu site, o Frida.NFT diz que o desenho "transitou permanentemente para o Metaverso".
Mobarak afirmou que a venda dos NFTs – ou tokens não fungíveis – beneficiará o Palácio de Belas Artes do México, o Museu Frida Kahlo de Coyoacán e várias instituições de caridade dedicadas ao atendimento médico para crianças.
"O que vamos fazer é mudar a vida de milhares de crianças", declarou ele.
O Instituto Nacional de Belas Artes do México, porém, anunciou na segunda-feira (26/9) que está abrindo uma investigação sobre a destruição do desenho.
"No México, a destruição deliberada de um monumento artístico constitui um crime nos termos da lei federal sobre monumentos e zonas arqueológicas, artísticas e históricas", disse o instituto em comunicado.
Martin Mobarak, quemó una obra de Frida Kahlo en Miami, “Fantasmones siniestros”, que era parte de su diario. La obra estaba valuada en $10 millones. Su plan (¿macabro?) fue digitalizarla en 10,000 partes y venderla como NFTs y recaudar para fundaciones. Video: dailymotion pic.twitter.com/EVNW7wHvoq
— andreinart (@andreinart1) September 23, 2022
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