Além do herança milionária de sua mãe, novo monarca do Reino Unido também receberá subvenção soberana anual.
O rei Charles III subiu ao trono do Reino Unido no lugar da mãe, a rainha Elizabeth II, que lhe deixou uma fortuna privada bastante generosa. Filho mais velho da falecida monarca, ele herdará cerca de 425 milhões de euros (R$ 2,198 bilhões).
Pela lei britânica, heranças acima de 325 mil libras (R$ 1,940 bilhão) estão sujeitas a um imposto sucessório de 40%. Graças a uma regra aprovada em 1993, Charles III não terá que abrir mão de parte do que recebeu. A determinação isenta da cobrança os bens passados de um soberano, ou do consorte de um soberano, para o próximo monarca.
Outras determinações previstas em um memorando de entendimento do governo de 2013 também garantem que o novo rei tenha seu dinheiro privado. Dessa forma, sua vida financeira é independente da do Estado.
Os valores não precisam ser revelados. Contudo, uma lista dos ingleses mais ricos elaborada pelo jornal Sunday Times mostra o tamanho da fortuna de Elizabeth II. Segundo a publicação, a rainha tinha cerca de 370 milhões de libras (R$ 2,209 bilhões) no inicio deste ano, 5 milhões de libras a mais do que em 2021.
Grande parte desse montante será transferido a Charles III sem nenhum imposto para o governo britânico. O rei, por sua vez, tem riquezas avaliadas em 100 milhões de dólares (R$ 514 milhões).
Subvenção soberana anual
Além da herança da mãe, o monarca tem direito à subvenção soberana anual do Tesouro do Reino Unido, correspondente a 15% dos lucros do Tesouro da Coroa. O acordo para pagamento desse “salário” à monarquia tem validade desde 1760.
Todos os custos dos compromissos oficiais do rei e dos membros de primeira linha da família real são cobertos pela subvenção, até mesmo o salário dos funcionários e os gastos com a manutenção dos palácios. O Tesouro da Coroa registou lucro líquido de 312,7 milhões de libras (R$ 1,862 bilhão) no ano fiscal até março de 2022.
Riquezas da Coroa
A maior parte da riqueza dos reis e rainhas britânicos não é fortuna pessoal, mas sim os bens detidos pela instituição monarquia, como terras, jóias e arte. As Jóias da Coroa, que pertencem simbolicamente ao monarca, têm valor estimado 3 bilhões de libras esterlinas (R$ 17,91 bilhões).
Ao mudar de título, Charles III passa a ter o direito de utilizar as receitas do Ducado de Lancaster, uma enorme propriedade privada de bens comerciais, agrícolas e residenciais. Em compensação, abre mão do Ducado da Cornualha, que será transferido para seu filho William.
Fonte: R7