Após resistir e trocar tiros com a Polícia Federal, Roberto Jefferson é preso


Agentes da corporação foram até a residência do ex-parlamentar no município de Comendador Levy Gasparian, neste domingo (23)

Roberto Jefferson, ex-deputado federal e presidente de honra do PTBVALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL - 07.06.2017

O ex-deputado federal e presidente nacional de honra do PTB, Roberto Jefferson, foi preso neste domingo (23) por agentes da Polícia Federal durante o cumprimento de um mandado judicial na casa do ex-parlamentar, no município de Comendador Levy Gasparian, no interior do Rio de Janeiro. A informação foi confirmada por uma fonte da corporação. 

Antes da prisão, Jefferson afirmou ter reagido e trocado tiros com os agentes da PF. Em uma gravação, Roberto Jefferson filma o circuito de câmeras do imóvel que mostra um carro da Polícia Federal e afirma que revidou os tiros dos agentes. Segundo informações preliminares, um policial foi baleado, mas foi levado ao hospital e está bem.


"Estou dentro de casa, mas eles estão me cercando. Vai piorar, vai piorar muito, mas eu não me entrego. Chega de abrir mão da minha liberdade em favor da tirania. Não faço mais isso. Chega", afirma o ex-parlamentar.

Em outro vídeo, Jefferson pede perdão e critica as decisões judiciais do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral. "Quero dizer aos meus irmãos, peço perdão, mas a polícia cumpre todas as ordens judiciais de Alexandre de Moraes. Não dá mais. Reagi, não vou me entregar, só saio daqui morto. Chega, cansei de ser humilhado", afirma.

O advogado do PTB, Luiz Gustavo, confirmou ao R7 que a PF foi à casa de Roberto Jefferson, que está em prisão domiciliar, para o cumprir medidas cautelares relacionadas ao vídeo em que o ex-deputado federal ofende a ministra do STF Cármen Lúcia e compara a magistrada a uma prostituta.

"Fui rever o voto da bruxa de Blair, a Cármen Lúcifer, na censura prévia à Jovem Pan. Olhei de novo, não dá pra acreditar. Lembra mesmo aquelas prostitutas", disse Jefferson, na gravação.

Mesmo em meio à prisão, Roberto Jefferson se manifestou por meio de nota, divulgada pelos advogados. No texto, ele argumenta que a prisão é ilegal pois o mandato não caberia ao STF. "Dessa forma, desvirtuadamente, os pretensos superministros, desejam que seus atos como servidores públicos não sejam criticados, ainda que promovam injustiças, gerando todo tipo de transtornos", diz o texto. "Não me preocupa a minha situação jurídica".

Fonte: R7 Notícias

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