Cinco anos após o crime, os acusados de assassinar a advogada Gabriela Silva de Jesus foram à júri popular na quarta-feira (19).O ex-noivo da vítima, Rogério Costa de Almeida, foi condenado a 37 anos de prisão. Já o amigo dele, Alexandre Santos de Souza, foi condenado a 30 anos e 8 meses de prisão.
O julgamento começou por volta de 13h, no Fórum Desembargador João Manoel Carvalho, na Serra, e foi acompanhado por familiares da vítima, que estiram blusas com o rosto de Gabriela estampado.
Para Francisco Pereira, pai de advogada, a condenação é um alívio, mas ele afirma que isso não vai trazer a filha de volta. "A justiça foi feita e nós esperávamos isso. Esperávamos, na verdade, uma sentença até maior", disse ele.
Foto: Alice Mourão | TV Vitória |
Durante a sessão, a promotoria discursou, sustentando a hipótese de que houve, sim, a participação dos dois réus no crime.
Em seguida, a defesa sustentou que Alexandre não participou do assassinato. Logo depois, aconteceu uma discussão entre defesa e promotoria, onde a defesa apresentou laudos que comprovariam que Gabriela não havia sido atropelada.
Quatro homens e três mulheres se reuniram em uma sala secreta para tomarem a decisão que condenou o ex-noivo de Gabriela, Rogério e o cúmplice, Alexandre. O júri entendeu que os dois mataram a advogada por motivos torpe, sem dar chance da vítima se defender.
Advogada foi espancada e asfixiada
Gabriela tinha 24 anos quando foi assassinada. Segundo a polícia, ela foi sequestrada pelo ex-noivo e pelo amigo dele logo após sair de casa para trabalhar. A advogada foi espancada e asfixiada.
Foto: Arquivo da Família |
Depois, o corpo de Gabriela foi jogado na avenida Monte das Oliveiras, perto da Rodovia Norte Sul, em Colina de Laranjeiras, na Serra. O ex-noivo e o amigo ainda passaram com o carro em cima dela, para simular um atropelamento.
Gabriela e Rogério estavam juntos desde fevereiro de 2012, mas terminaram o relacionamento em 2017 e o homem não concordava com o término. Ele, inclusive, teria se mudado para perto da residência de Gabriela, com a intenção de vigiá-la.
Alexandre e Rogério estão presos desde o dia seguinte ao assassinato, que aconteceu em 24 de agosto de 2017. Agora, o advogado da família da vítima afirmou que pretende entrar com um recurso para aumentar a pena nos réus.
Por outro lado, os advogados dos acusados pretendem tentar diminuir a pena, além de pedir a anulação do julgamento.
Fonte: Folha Vitória