Espécie rara de gato silvestre é fotografada pela 1ª vez no Rio de Janeiro


O gato-maracajá (Leopardus wiedii) é uma das nove espécies de felinos encontradas no Brasil. Também conhecido como gato-do-mato, gato peludo ou maracajá-peludo, sua população está em declínio. Ele é considerado pelo Ministério do Meio Ambiente como ‘vulnerável’ à extinção e estima-se que em todo nosso território restem cerca de 4.700 indivíduos.

Com olhos bem grandes e protuberantes, focinho saliente e cauda bastante comprida, esse animal tem hábitos noturnos e solitários, por isso mesmo, é difícil observá-lo. Há cinco anos já se sabia sobre sua presença na Estação Estadual de Guaxindiba (EEEG), uma Unidade de Conservação, criada em 2020, ao norte do estado do Rio de Janeiro. Câmeras de armadilhas fotográficas instaladas por pesquisadores da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) tinham registrado imagens por lá do gato-maracajá.

Todavia, recentemente, pela primeira vez, guarda-parques do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) conseguiram fotografá-lo, durante uma aula de educação ambiental com estudantes de uma escola da região.

O gato-maracajá tem quase 1 metro de comprimento e pesa pouco mais de 3 kg. Alimenta-se de pequenos mamíferos (roedores e marsupiais), mas também, aves e lagartos.

Entre os felinos, ele é o único que apresenta a rara habilidade de descer de uma árvore de cabeça para baixo porque suas patas traseiras têm articulações especialmente flexíveis, permitindo rotação de até 180 graus.

Além do Brasil, a espécie pode ser observada em zonas costeiras do México, assim como no norte do Uruguai e Argentina.

Entre suas principais ameaças estão a perda e fragmentação de habitats naturais e ainda, a caça, atropelamentos e a transmissão de doenças por animais domésticos.


Postagem Anterior Próxima Postagem