FEBRE MACULOSA | ES registra quarta morte causada pela doença; SESA emitiu alerta aos municípios


Doença é causada por uma bactéria transmitida pela picada do carrapato-estrela. A vítima é Bruno Batista, a esposa dele morreu com a mesma doença há poucos dias.

Homem é a quarta vítima de febre maculosa no Espírito Santo. Bruno Batista era de Itapemirim. — Foto: Reprodução TV Gazeta

A Prefeitura de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, confirmou a terceira morte por febre maculosa. A vítima é Bruno Batista, o morador da cidade estava internado em um hospital e morreu na manhã deste domingo (9). Esta é a quarta morte pela doença no Estado nas últimas duas semanas.

Bruno Batista era casado com a segunda vítima da doença, Ana Carolina Batista, que morreu no último domingo (2). Bruno estava hospitalizado na UTI do Hospital Evangélico Litoral Sul.

Segundo a família, o velório da vítima aconteceu durante a tarde em uma igreja evangélica na comunidade de Rio Muqui da Pedra, em Itapemirim. O sepultamento estava marcado para acontecer em um cemitério na Vila de Itapemirim.

Todos os três pacientes com o diagnóstico de febre maculosa vieram a óbito em Itapemirim. Outros três casos suspeitos tiveram resultado negativo.

A segunda vítima, Ana Carolina Batista, foi hospitalizada também no Hospital Evangélico Litoral Sul. Já o primeiro paciente que morreu por febre maculosa, identificado como Antônio Everaldo Rodrigues da Silva, ficou internado na Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro de Itapemirim.

Mimoso do Sul

Houve também um caso da doença em Mimoso do Sul. A vítima, identificada como Wany Thomas de Souza, de 23 anos, morava na zona rural do município e morreu na quarta-feira (5).

Wany deu entrada no Pronto Socorro do Hospital Apóstolo Pedro (HAP) no dia 30 de setembro com suspeita de dengue hemorrágica ou leptospirose.

A vigilância epidemiológica da cidade passou a acompanhar o caso e abriu notificação para febre maculosa. A vítima havia contado que foi picada por um carrapato às margens do Rio Itabapoana.

Na segunda-feira (3), a jovem foi transferida para o Hospital de Itapemirim (HECI), onde morreu. De acordo com a equipe médica do hospital, a paciente deu entrada na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital em estado de extrema gravidade.

Investigações

A Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) informou que na semana passada emitiu alerta para os municípios capixabas sobre a febre maculosa e fez uma reunião com profissionais de saúde das vigilâncias municipais. De acordo com a Sesa, nesta semana terá treinamento e pesquisas para identificação de carrapatos.

Neste ano foram registrados sete casos de febre maculosa em todo o estado e quatro pessoas morreram. Em todo 2021, foram dezessete casos confirmados e oito mortes.

A Prefeitura de Itapemirim informou que seguem a linha de investigação de que a contaminação ocorreu em uma provável área distante da comunidade de Rio Muqui, onde foi realizada uma pescaria por dois dos pacientes confirmados. Equipes da vigilância municipal e estadual estão realizando uma varredura, coletando material, na área onde residem as vítimas e no local da pescaria.

De acordo com a prefeitura de Mimoso do Sul, eles vão investigar para saber onde houve a infecção pela doença, já que a jovem disse que esteve às margens do Rio Itabapoana dias antes de adoecer e que encontrou um carrapato no pé.

Febre maculosa

A febre maculosa é a doença causada por uma bactéria do gênero Rickettsia transmitida pelo carrapato-estrela e que pode gerar uma série de sintomas como febre, manchas avermelhadas pelo corpo, dores de cabeça e pelo corpo. Os casos podem evoluir para morte.

Os sintomas desses pacientes teriam começado após comer carca de caça. Mas, a prefeitura de Itapemirim declarou que a carne foi enviada ao Lacen para análise, mas ressaltou que é pouco provável que o consumo da carne transmita a febre maculosa, já que a doença é transmitida pelo carrapato contaminado com a bactéria, não pela ingestão.

Fonte: G1 ES


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