Pai da menina contou que estava no trabalho quando recebeu mensagens da esposa dizendo que tinha 'corrigido' a filha e exagerado. Escola e vizinhos denunciaram o caso.
Mãe é presa suspeita de torturar filha com cipó por ela fazer bagunça, em Trindade — Foto: Montagem/g1 |
Uma mulher foi presa suspeita de torturar a filha de 8 anos em Trindade, na Região Metropolitana da capital. De acordo com a delegada Cássia Borges, a mãe agrediu a filha com o cipó de uma jabuticabeira e a menina foi ferida para a escola.
“O pai relatou que as agressões se deram porque a criança fez 'bagunça em casa', estourando uma bombinha”, explicou.
A delegada informou que a suspeita ficou em silêncio durante a prisão. Por não ter o nome divulgado, o g1 não localizou a defesa da mulher até a última atualização desta reportagem.
A prisão aconteceu na última quinta-feira (17). As denúncias foram feitas pela escola, que acionou o Conselho Tutelar, que se dirigiu à delegacia com a criança. Ao mesmo tempo, moradores da região também fizeram denúncia para a Polícia Militar.
À polícia, o pai da menina contou que estava no trabalho quando recebeu mensagens da esposa dizendo que tinha “corrigido” a filha e que tinha exagerado. Segundo a polícia, a criança teve lesões nos braços, rosto, coxa esquerda, glúteo do lado esquerdo e costas.
Menina é agredida com cipós em Trindade Goiás — Foto: Divulgação/Polícia Militar |
A delegada explicou que, por conta de as lesões serem excessivas, o crime pode ser tipificado como tortura. Segundo a polícia, a menina foi levada pelo Conselho Tutelar até uma Unidade de Pronto Atendimento de Trindade (UPA), por conta dos ferimentos (veja foto acima).
“A criança passará pela psicóloga para avaliar como realmente foi o trauma. O tipo criminal [artigo que configura a tortura] exige “intenso sofrimento físico ou mental”. Também será questionado se as agressões eram frequentes e se sempre aconteciam nesta intensidade”, disse.
A polícia informou que a suspeita foi encaminhada ao Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. Se condenada, a mulher pode pegar de 2 a 8 anos de prisão, com causa de aumento de 1/6 a 1/3.
Fonte: G1