Juliana Nehme havia sido proibida de embarcar no Líbano e agradeceu por retornar ao país
Juliana Nehme - Foto: Reprodução do Instagram |
Juliana Nehme se emocionou ao pisar em solo brasileiro, na tarde desta sexta-feira (25), após ser vítima de gordofobia em um aeroporto no Líbano e ser impedida de embarcar por "ser gorda demais". Em seu stories do Instagram, a modelo brasileira agradeceu a todos que a ajudaram a conseguir fazer com que a companhia aérea voltasse atrás e permitisse que ela embarcasse em outro voo sem pagar multa e um assento extra.
"A gente acabou de chegar! Estou no Brasil! Estou muito aliviada, mas com um pouquinho de falta de ar por causa da ansiedade. Eu não tenho palavras para agradecer. Primeiramente a Deus e depois a todos vocês que me ajudaram compartilhando, me marcando e orando por mim", disse ela. "Estou um pouco abalada ainda e cansada. Não sei o que teria acontecido sem vocês e a minha mãe. Estava com muito medo e realmente desesperada. No momento em que postei aquele vídeo, foi porque não via mais como resolver a situação", explicou.
ENTENDA O CASO
No Líbano, Juliana tentou na quarta-feira (23) embarcar em uma conexão para Doha e, na sequência, para São Paulo, mas foi impedida. Seu relato ganhou visibilidade na internet. Ela foi para Beirute para conhecer a família de sua mãe, de origem libanesa.
"Estou no Líbano. Vim pela AIR France e foi tudo bem no voo! Vim de passagem econômica e não passei por nenhum constrangimento ou assédio. Comprei uma passagem de volta para o Brasil pela Qatar e chegando na hora de fazer o check-in uma aeromoça chamou minha mãe enquanto a moça finalizava nosso check-in e disse pra ela que eu não era bem-vinda para embarcar porque sou gorda, e que eles não iam me receber no voo... só se eu comprasse passagem de primeira classe. Ela reteve as passagens da minha mãe, minha irmã, meu sobrinho e a minha! Depois de horas implorando, ela devolveu todas as malas que já tinha sido despachadas alegando que eu teria que comprar classe executiva ou não viajaria. Tentei até o final que me permitissem voar, já que estávamos em 4 pessoas, e ela se recusou até o final a vender a passagem pra mim! Uma passagem que tem um custo de 3 mil dólares pra ser executiva. Eu paguei mil dólares. Fiquei por quase 2 horas implorando pra viajar. Minha mãe tentou de tudo. Fui ameaçada. Ao tentar gravar o que eles estavam fazendo a moça do guichê me empurrou e nada adiantou. Fui ameaçada se não parasse de gravar. Eu estou retida no Líbano. Eles queriam que minha mãe fosse embora e eme deixasse sozinha aqui no Líbano. Mas não falo inglês nem árabe. Ela se recusou", contou na ocasião.
"Minha irmã foi com meu sobrinho embora para o Brasil e ficamos aqui! Estou tendo gastos com hotel e táxi que não precisava! Não tenho dinheiro para me manter aqui por mais tempo. E eles disseram que eu tenho que pagar outra passagem pra minha mãe e o upgrade da minha pra executiva. Mas ninguém quis me vender! Fui extremamente humilhada na frente de todas as pessoas que estavam no aeroporto! Tudo isso porque sou gorda", disse ela.
Com a visibilidade do post de desabafo, o consulado e a embaixada brasileira entrou em contato com a modelo para ajudá-la. A companhia aérea mudou de ideia e deixou que ela embarcasse em outro voo sem pagar multa, por não ter ido no voo anterior com a mãe, e um assento extra, que era exigido pela empresa.
"Amores, tudo aconteceu muito rápido. Estava na casa da Embaixada que eles me levaram. Eles disseram que eu tinha que vir até o aeroporto. Me trouxeram aqui. A Qatar finalmente cedeu e eles aceitaram que eu e minha mãe fizéssemos a viagem do jeito que eu comprei, sem ter que pagar a multa e assento extra. Agora estou indo em direção ao portão de embarque", contou.
Fonte: Quem