Defesa do ex-deputado quer mudança para 'preservar a vida' do cliente; vice-procuradora pediu relatório sobre capacidade médica do sistema penitenciário do RJ
Na sexta-feira (18), a defesa de Jefferson pediu a remoção do ex-parlamentar ao Hospital Samaritano, também na capital fluminense. Os advogados alegam que a casa de saúde possui melhores condições para abrigá-lo. Apesar disso, a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, afirmou que o sistema penitenciário fluminense não se posicionou sobre ter, ou não, capacidade de prestar assistência médica ao político no interior do presídio. As informações são da "CNN Brasil".
"A Procuradoria-Geral da República requer, em caráter de urgência, seja determinada à Secretaria de Administração Penitenciária do Estado do Rio de Janeiro a elaboração imediata de laudo médico que aponte a capacidade ou não do hospital penitenciário para tratar o paciente e realizar exames imprescindíveis diante do atual estado de saúde", lê-se em trecho da manifestação de Lindôra.
A defesa de Jefferson alega que a transferência para um hospital é essencial para "preservar" a vida do ex-presidente do PTB.
Cinquenta tiros e três granadas
Jefferson foi preso em 23 de outubro, após ataques misóginos a Carmen Lúcia, a quem chegou a chamar de "bruxa" e "prostituta".
O ministro Alexandre de Moraes, outro componente do STF, ordenou a detenção do ex-deputado, que estava em prisão domiciliar na cidade de Comendador Levy Gasparian (RJ). Ao chegar à casa de Jefferson, contudo, agentes da Polícia Federal foram recebidos a tiros.
O petebista disse ter disparado 50 balas e arremessado três granadas na direção dos policiais. Depois do primeiro pedido de prisão, Moraes expediu outra ordem, determinando que o político fosse encarcerado, também, por tentativa de homicídio.
Mesmo sendo aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), que perdeu o segundo turno, Jefferson foi criticado pelo então candidato à reeleição. "O tratamento dispensado a quem atira em policial é o de bandido", protestou Bolsonaro, à época.
Fonte: Estadão