Medicamentos falsificados podem não fazer efeito e até mesmo, em casos mais graves, expor o paciente à altas dosagens, provocando intoxicações, por exemplo
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Os medicamentos falsificados, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), em casos extremos, podem causar graves danos à saúde. Além disso, há o risco de piorar as condições em tratamento devido aos componentes prejudiciais que neles podem estar contidos.
Na manhã desta quinta-feira (17) a Anvisa e a Polícia Federal cumpriram mandados no Espírito Santo e em outros cinco estados durante uma operação para desarticular um esquema de importação e comercialização de medicamentos falsos.
O fato acende um importante e perigoso sinal de alerta. O que a população pode fazer para evitar ser vítima de uma situação como essa? E o pior: quais os riscos para a saúde de quem consome um medicamento falso?
Segundo Gedayas Medeiros Pedro, farmacêutico e Conselheiro Federal pelo CRF-ES, é preciso muito cuidado. Isso por que um medicamento falsificado pode não fazer efeito e até mesmo, em casos mais graves, diante de uma falta de padronização dos princípios ativos, expor o paciente à altas dosagens, provocando sérias consequências à saúde, com a intoxicação, por exemplo.
"O próprio medicamento, devidamente certificado, já gera prejuízos para o organismo quando não é usado de maneira correta pelo paciente, ou seja, para o fim que foi desenvolvido. Agora, imagine só quando trata-se de um remédio sem controle de qualidade, ou seja, falsificado?", alerta.
Ainda de acordo com o conselheiro, ações de fiscalização são fundamentais não só por tirar do mercado versões falsas, mas também por atestarem que os medicamentos analisados atendem todos os critérios necessários antes mesmo de chegar até a população.
Como reconhecer medicamentos falsificados?
Entre as orientações para não ser vítima de remédios falsificados, a principal é comprar os que forem prescritos pelo médico somente em drogarias. Nunca em mercados e lanchonetes, por exemplo. Saiba como evitar, segundo a Anvisa:
1. Confira se a embalagem está com o lacre intacto;
2. Sempre verifique se a embalagem contem a tarja lateral. Ao ser raspada com um metal, deverá revelar a palavra "qualidade" e a logomarca do laboratório de origem;
3. atenção: o rótulo deve estar escrito em português;
4. Certifique-se que o medicamento traz o registro da Anvisa - Ministério da Saúde;
5. Número do lote e a data de validade devem estar impressos na caixa;
6. O nome do farmacêutico responsável pelo medicamento e o número de inscrição no CRF de origem tem que constar na embalagem.
O que fazer se suspeitar do medicamento comprado
A orientação da Anvisa é para que, caso um indivíduo suspeite que o medicamento comprado é falsificado, entre imediatamente em contato com o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) do fabricante para identificar se o produto é original.
"Os meios para contato com as empresas estão disponíveis na embalagem e na bula dos produtos. A própria empresa deve encaminhar as informações para a Anvisa, caso suspeite de falsificação", esclarece o órgão.
Fonte: Folha Vitória